Segundo a Organização Mundial da Saúde, óbito perinatal é aquele que ocorre no período de 22 semanas completas de gestação até sete dias após o nascimento da criança.
Mas o problema aqui vai para além da morbilidade perinatal, a malária é uma das principais patologias que atinge toda a população infantil e causa 25 por cento das mortes maternas, explicou o secretário de Estado da Saúde Pública, Franco Mufinda.
Além disso, cerca de 35 por cento da demanda por cuidados curativos e 20 por cento das internações hospitalares estão associadas à doença, transmitida aos humanos pela picada de mosquitos infectados (fêmeas) do gênero Anopheles, disse o especialista.
A nível nacional, indicou, as unidades de saúde comunicaram um total de 4.809.688 infectados no primeiro semestre deste ano.
O saldo ultrapassou o recorde de 2020, quando o número de casos atingiu 4.120.135 no final do primeiro semestre, disse o especialista, que reportou aumentos pontuais em várias províncias.
De 2017 até à data, exemplificou, o sistema de vigilância epidemiológica identificou surtos epidémicos no Uíge, Luanda, Malanje, Benguela, Huambo, Huíla e Cuanza Sur.
Da mesma forma, se confirmou o aumento da letalidade por malária no país, passando de 6.715 óbitos para 7.306, na mesma comparação semestral.
Com a apresentação das estatísticas, o representante do governo endossou esta sexta-feira o lançamento da primeira plataforma digital para a formação de pessoal na área da saúde.
O sistema de informação online, denominado Kassai, vai ajudar a melhorar a competência técnica dos profissionais na prevenção e tratamento da malária, afirmou.
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