Os quase 11 mil quilômetros de distância entre Havana e esta capital não impediram uma conversa telefônica que também serviu para reafirmar a confiança existente na delegação antilhana, que busca figurar entre as 20 primeiras posições da mesa geral.
O presidente descreveu a medalha de prata conquistada por Ortiz como um feito, na divisão de mais de 78 quilos, apesar das dificuldades nos treinos, após vencer a doença de Covid-19 e poucos meses após a morte de seu pai.
‘Estamos orgulhosos de você, amamos muito você’, disse Diaz-Canel, um fervoroso fã de esportes, antes de ir mais longe: ‘Você é uma campeã de alma e corpo.’
A caribenha recebeu seu quarto prêmio no namoro sob as olimpíadas na véspera, depois do bronze em Pequim 2008, do ouro em Londres 2012 e da prata no Rio de Janeiro 2016, então seu status de lenda nas artes marciais é indiscutível.
Ao falar com La Cruz, quádruplo rei universal, o presidente cubano celebrou sua ‘atitude patriótica’ em sua segunda apresentação na Arena Kokugikan, aludindo ao slogan Pátria ou Morte que o atleta pronunciou depois de garantir a vitória e o metal de bronze na 91 quilos.
‘Foi um presente para este povo’, disse Díaz-Canel ao sublinhar a bravura do monarca olímpico no Rio 2016, que soube que seu rival, o cubano nacionalizou o espanhol Enmanuel Reyes, previu que iria ‘arrancar cabeças’ e dar a si mesmo uma pátria e uma Vida, título de um tema musical usado pelos inimigos da Revolução.
‘Vais continuar a ganhar e a dar medalhas ao país. E vais melhorar a cor das medalhas’, disse o governante em forma de apoio a uma delegação que neste sábado acordou com a já referida prata e bronze de Rafael Alba taekwondoca, embora já tenha garantido mais duas terceiras posições no boxe.
Há cinco anos, na cidade brasileira, a maior das Antilhas concluiu na décima oitava vaga no quadro de medalhas olímpicas com um saque de 11 medalhas, divididas em cinco de ouro, duas de prata e quatro de bronze.
Em termos de resultados históricos, graças a 77 títulos, 66 segundos lugares e 77 terceiros lugares, Cuba ocupa a 16ª posição entre 206 Comitês Olímpicos Nacionais, 14ª se a ex-União Soviética e a República Democrática Alemã forem excluídas.
Os resultados acima fazem da ilha o segundo país mais premiado em todo o continente americano, atrás dos Estados Unidos, e o primeiro entre todas as nações de língua espanhola.
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