Segundo o diretor nacional de Epidemiologia, Francisco Durán, em recente coletiva de imprensa, naquele mês foram registrados no acumulado 200.398 confirmados e 1.543 mortes.
Para junho os mesmos indicadores foram bastante inferiores, com 50.622 diagnósticos e 337 óbitos, ou seja, os dados mais recentes quase quadruplicaram os do mês seis.
O último dia de julho foi o pior, com números nunca antes vistos na ilha caribenha, 9.747 infecções e 87 mortes. Acontece que com a circulação das variantes Delta e Beta do vírus SARS-CoV-2, o cenário epidemiológico do país se torna mais complexo, destacou Durán em uma aparição na televisão, explicando também que o Delta – uma variante registrada pela primeira vez na Índia – é a mais contagiosa até agora, e a que teve predominância entre a população cubana no mês.
O beta, identificado pela primeira vez na África do Sul e localizado na ilha desde fevereiro, representa um risco maior de gravidade e até morte para as pessoas, e segundo o especialista sua presença no território tem influenciado na diminuição dos casos assintomáticos neste período mais recente. Desde o início da doença, os pacientes evoluem com sintomas graves.
Por outro lado, o número médio de casos diários ultrapassou os seis mil, chegando também a 50 óbitos. Enquanto isso, a taxa de incidência da doença em nível nacional aumentou cada vez mais, chegando a ultrapassar 1.000 positivos por 100.000 habitantes nos últimos 15 dias.
Da análise territorial, constatou-se que as províncias de Matanzas, Ciego de Ávila e Cienfuegos apresentam as taxas mais elevadas, deslocando a capital, que se encontra na sexta posição.
A respeito do comportamento dos casos pediátricos (menores de 18 anos), o Dr. Durán declarou que nos últimos 15 dias foram confirmados mais de 20 mil pacientes e, em média diária, registrou-se 1.367 casos.
É necessária uma participação mais responsável da população, pois por mais medidas tomadas, restrições adotadas ou protocolos ajustados, se a população não internalizar as medidas de cuidado a serem cumpridas, será muito difícil controlar esta situação, disse o especialista.
Recentemente, o Dr. Raúl Guinovart, reitor da Faculdade de Matemática e Computação da Universidade de Havana, destacou no programa de televisão Mesa Redonda que, com base em previsões feitas por especialistas, no final de julho o número de casos poderia atingir um pico com mais de nove mil casos em um dia, evento que já foi realizado duas vezes nos últimos sete dias.
O cientista lembrou ainda que esse comportamento pode continuar no início do oitavo mês do ano.
‘O maior impacto da vacinação será percebido em agosto, que será decisivo’, especificou Guinovart.
O processo de vacinação em Cuba continuou sem retrocessos ao longo do mês, e no último dia as autoridades sanitárias informaram a cifra de 9.650.235 doses administradas com os candidatos Soberana 02 e Soberana Plus; Finlay Vaccine Institute (IFV); bem como a vacina Abdala, aprovada como tal pela autoridade reguladora cubana no dia 9, pertencente ao Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB).
Até 31 de julho, 2.620.050 pessoas estavam em regime de imunização completo, o que representa 23,4 por cento da população total do país. mem / cdg / ghp / ls