Denis disse a uma estação de rádio local que a reunião nos Estados Unidos contou com a presença de Enmanuel Sanon, acusado de organizar o assassinato, e dos pastores Gérard Forges e Gérald Bataille.
‘Emmanuel Sanon me pediu para me juntar a sua equipe, o que eu recusei’, disse o ex-chefe de governo, acrescentando que Sanon ‘gabou-se de suas muitas conexões nos Estados Unidos e disse que o destino de Jovenel Moise foi selado e que ele logo teria que tomar as rédeas do poder’.
Sanon, um médico de origem haitiana com residência nos Estados Unidos, foi preso pela polícia sob a acusação de organizar o assassinato, enquanto o Ministério Público emitiu mandados de prisão por assassinato, tentativa de assassinato e assalto à mão armada contra o ex-funcionário durante a administração de Michel Martelly (2011-2016), e os dois clérigos.
O Ministério Público também emitiu outros mandados de prisão contra o líder do partido governista Tet Kalé, Line Blathazar, que nos últimos meses se opôs à reforma constitucional promovida por Moise, bem como contra o empresário Samir Handall.
Até hoje, a polícia prendeu 44 pessoas, incluindo 18 cidadãos colombianos, e quatro policiais acusados de ajudar o comando armado que matou o presidente na madrugada de 7 de julho.
Os defensores dos direitos humanos criticaram as falhas na investigação e a falta de acesso dos detentos à representação legal.
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