O Banco Central do país sul-americano (BCV) informou ontem em declaração que a partir da mudança de escala, prevista para 1ú de outubro, qualquer quantia atualmente refletida na moeda venezuelana será dividida por um milhão, a fim de facilitar sua utilização, expressando-a em quantias menores.
Neste sentido, o presidente da Federação de Artesãos, Micro, Pequenas e Médias Indústrias e Empresas da Venezuela, Orlando Camacho, destacou a medida como necessária no atual contexto econômico do país.
‘Isto é algo que exigíamos, precisávamos e esperávamos, porque os sistemas com seis zeros tornaram as transações muito complexas, tanto para as empresas quanto para os usuários’, disse Camacho em declarações divulgadas pelo jornal Últimas Noticias.
O deputado da oposição Luis Eduardo Martínez disse que a reconversão monetária é um bom primeiro passo de vários necessários para a reativação econômica do país.
O vice-presidente da comissão parlamentar de diálogo, paz e reconciliação nacional, considerou que o BCV e o Ministério da Economia e Finanças deveriam facilitar aos bancos públicos e privados o aumento do crédito, inclusive em moeda estrangeira, a fim de impulsionar as atividades comerciais, comerciais e industriais.
Este processo de reconversão monetária é apoiado pelo aprofundamento e desenvolvimento da economia digital na Venezuela, e constitui um passo necessário no momento em que o país está iniciando o caminho para a recuperação econômica, informou a entidade emissora.
A instituição financeira ressaltou que a medida busca neutralizar a crise produzida pelo ataque brutal à economia venezuelana e a aplicação criminosa do bloqueio econômico e financeiro pelo governo dos EUA.
Da mesma forma, a taxa de câmbio de referência será determinada pelo Sistema de Mercado de Câmbio e será calculada com base nas transações de câmbio realizadas por indivíduos e empresas através das mesas de câmbio das instituições bancárias.
O BCV afirmou que a transformação da moeda nacional em seu formato digital, seu uso e popularização através de novos e existentes meios eletrônicos de pagamento, permitirá avançar na construção de uma visão moderna da moeda nas transações cotidianas.
Também facilitará uma maior conexão da população com seu sinal monetário, apesar dos constantes ataques externos e processos especulativos induzidos no sistema econômico, e reduzirá os custos de transação na economia, disse a instituição bancária.
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