Porto Príncipe, 8 ago (Prensa Latina) Poucas coisas sobrevivem mais no imaginário nacional do Haiti do que sua característica sopa joumou, uma sopa feita de abóbora e carne.
Também está associada à independência; É uma iguaria comum todo 1ú de janeiro, data que marcou o fim do domínio francês em 1804, e um prato típico de domingo em algumas áreas, incluindo a capital, Porto Príncipe.
O ensopado está impregnado de tradição, pois era proibido para os escravos que povoavam o Haiti até que o líder Jean-Jacques Dessalines declarou sua libertação, e os historiadores dizem que naquele dia era preparado e consumido, costume que continua até hoje. Embora a abóbora seja o ingrediente principal, dependendo da região, acrescenta-se tomilho, aipo, cenoura, inhame, outros vegetais, arroz, macarrão e vários tipos de carne.
Mesmo fora do país, em lugares com grandes comunidades da diáspora haitiana, o prato tem valor simbólico e é apreciado a cada ano que vem, novas variantes vegetarianas e outros estilos também estão surgindo.
É servido com batata, banana ou pão, e é compartilhado com a família e na comunidade, mas quase nunca sozinho.
Em março passado, a embaixadora do Haiti junto à UNESCO, Dominique Dupuy, inscreveu a sopa de joumou entre os candidatos ao título de Patrimônio Mundial, por sua contribuição à cultura.
‘Aposto que não se encontra nenhum outro elemento que suscite tanto consenso’, disse Dupuy, destacando que une os haitianos no interior do país, os aproxima da África e de um futuro no qual podem ter esperança.
(Retirado do Orb)
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