Em meio às crescentes ameaças de Tel Aviv contra o Irã, o grupo libanês Hezbulah e o palestino Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), a legisladora enfatizou a postura de sua formação, considerada de esquerda no espectro político israelense.
O ultraconservador primeiro-ministro Naftalí ‘Bennett sabe que se o governo for a um confronto militar, a coalizão cairá porque tanto Meretz como Ra’am não estarão de acordo com tal situação’, enfatizou ao lembrar que o partido islamista concorda com essa postura.
O primeiro conta com seis assentos no Knesset (parlamento) e o segundo com quatro, todos chave para manter a frágil aliança que apoia Benet, de 61 curules de um total de 120.
A legisladora afirmou que esse foi um pacto alcançado durante os diálogos para formar o Executivo.
‘A presença de Meretz e Ra’am na coalizão limita os planos de qualquer decisão militar’, enfatizou.
Ambas as formações são contrárias também à colonização judaica de terras palestinas, ainda que o grupo Yamina, dirigido por Bennett, se mostre a favor dessa estratégia, condenada pela comunidade internacional.
Nos últimos dias, Tel-aviv intensificou a retórica contra o Irão na sequência de um ataque a um petroleiro ao largo da costa de Omã, mas Teerão recusou qualquer envolvimento.
A isso se somaram as trocas de tiros entre as Forças de Defesa de Israel e o Hezbullah, bem como os bombardeios à faixa de Gaza, enclave onde vivem dois milhões de pessoas.
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