Foi o que expôs Gerardo Guillén, doutor em Ciências, diretor de Pesquisas Biomédicas do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB), e o vice-presidente da Sociedade Cubana de Higiene e Epidemiologia, Pedro Mas Bermejo, no programa de televisão Mesa Redonda.
Como explicou Guillén, ‘todas as vacinas, incluindo a nossa (de Cuba), funcionam melhor contra a variante delta do que contra a beta’.
Ele lembrou que durante o desenvolvimento dos ensaios clínicos com as propostas anti-Covid-19 Soberana 02 e Abdala, em Havana e Santiago de Cuba, respectivamente, houve a presença da variante beta.
Precisamente, nestes ensaios clínicos, foi demonstrado que duas doses de Soberana 02 mais uma da sua homóloga Soberana Plus mostraram 91,2 %de eficácia em termos de capacidade de prevenção de doenças sintomáticas; enquanto com três doses de Abdala, o valor foi de 92,28%.
O Dr. Guillén explicou que a variante delta, predominante em Cuba e em vários países, se espalha duas ou três vezes mais rápido, por isso um número maior de pessoas está infectado. ‘Quando há mais carga viral, a doença é transmitida com mais facilidade’, disse.
No entanto, ele ressaltou que a carga viral nos vacinados desaparece mais rapidamente, ao contrário dos que não foram imunizados.
Além disso, a doença tem menos probabilidade de progredir em direção à gravidade e severidade. Por exemplo, há casos de idosos com comorbidades, mas vacinados, que se infectam e passam a doença com sintomas leves.
O vice-presidente da Sociedade Cubana de Higiene e Epidemiologia acrescentou que a vacina visa reduzir o número de mortes, casos graves e críticos, o número de pacientes em unidades de terapia intensiva, as internações e depois a taxa de incidência.
‘Os dados mostram que a taxa de incidência é menor nos quatro primeiros municípios da capital onde se iniciou o processo de intervenção em saúde, que já têm mais tempo de vacinação’, disse.
Até 28 de agosto, Cuba acumula 10.848.920 doses administradas das vacinas candidatas Soberana 02 e Soberana PLUS; bem como com a vacina Abdala, segundo dados do Ministério da Saúde Pública.
Mas Bermejo reiterou que se trata de uma doença complexa, por isso insistiu na proteção necessária, porque ’embora as vacinas sejam eficazes, por si só não bastam’, frisou.
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