Os especialistas Nayar López, coordenador do Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade Nacional Autônoma, e Adalberto Santana, do Centro de Pesquisa para a América Latina e o Caribe, lembraram que o México se destacou no século passado como um lugar para a resolução de conflitos através da negociação.
Os dois especialistas destacaram a importância do diálogo previsto para o final desta semana, no qual o governo venezuelano procurará, acima de tudo, reconhecer finalmente a legitimidade e a legalidade com que Nicolás Maduro foi eleito.
É um ponto importante para o presidente constitucional venezuelano, disseram, levantar as restrições econômicas, comerciais e financeiras dos Estados Unidos, devolver a gestão de seus recursos ao exterior e deixar de reconhecer Juan Guaidó, autodenominado chefe de Estado.
López Castellanos disse que a participação da oposição no diálogo é importante porque ele já se recusara a fazê-lo em todos os momentos, e o fato de ele fazer parte deste ato reflete que ele o reconhece.
Santana Hernández enfatizou que esta reunião permitirá uma maior estabilidade política na Venezuela e romperá em certa medida com o isolamento gerado pelos governos dentro e fora da região, que não reconheceram a legitimidade do Presidente Maduro.
Em particular, disse ele, deveria quebrar o papel bastante beligerante e intervencionista desempenhado pela Organização dos Estados Americanos com seu tão criticado e desacreditado secretário-geral, o uruguaio Luis Almagro.
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