Acompanhado do fotógrafo Alfredo de Stefano, o cineasta oferece uma abordagem sobre os costumes, a comida, a paisagem e a cultura de uma dezena de lugares, tendo como fio condutor as áreas desérticas do México, Mongólia, Índia, Estados Unidos, Peru, Islândia, Namíbia, Marrocos e Chile.
Sem distinções entre um local e outro, exceto pelas características faciais dos seus habitantes e pelos trajes, o filme, com a duração de uma hora e 15 minutos, decorre a partir de diferentes olhares obtidos através da viagem em diferentes meios de transporte.
Filmado em grande parte pelo diretor, o sétimo longa-metragem de González capta a realidade dos desertos, por meio da interação de quem os habita, ao convidar à reflexão sobre as relações humanas com o meio ambiente.
Ao ritmo de uma música semelhante ao tango, o material sem roteiro pré-concebido emula os conceitos de diversidade e interculturalidade, enquanto o cineasta observa por trás da câmera e ao mesmo tempo faz parte da história.
Com um trabalho consolidado entre os melhores da América Latina, González gosta de captar problemas sociais e situações do cotidiano, todos dentro do mesmo plano, para estimular a reflexão e evidenciar a conexão entre diferentes espaços e atores.
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