O documento, que ainda não tem assinatura, estabelece um roteiro para o governo de 29 pontos e mantém Henry, designado dois dias antes do assassinato, na frente do governo.
Em termos gerais, o executivo interino propõe o restabelecimento da autoridade do Estado, a criação de um clima de segurança através de ações efetivas contra quadrilhas armadas, assim como um diálogo permanente entre as forças vitais da nação, segundo o texto publicado pelo diário Le Nouvelliste.
Também propõe o combate à corrupção, contrabando e impunidade, e o fortalecimento do sistema judicial, juntamente com investigações sobre massacres e execuções extrajudiciais.
Também propõe a realização de eleições ‘livres, honestas e democráticas’, implementando um sistema eleitoral que limite os riscos de fraude e com a participação maciça dos cidadãos.
O acordo sublinhou que o governo mobilizará os fundos necessários para as eleições e que o Conselho Eleitoral Provisório apresentará um projeto de decreto eleitoral, enquanto o governo levará em conta a opinião dos atores políticos e da sociedade civil antes de sua promulgação.
Também se compromete a rever os decretos controversos emitidos pelo ex-presidente, e estabelece que Henry permanecerá no cargo até que os novos funcionários eleitos sejam empossados e o governo seja nomeado.
O acordo chega num momento em que as forças políticas estão simultaneamente aumentando suas reuniões com diferentes plataformas, mas sem ainda estabelecer uma aliança inclusiva e uma proposta comum, mais de um mês após o assassinato.
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