O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU afirmou em um relatório recente que as emissões de gases de efeito estufa da queima de combustíveis fósseis e do desmatamento colocam milhões de pessoas em risco imediato, afirmou o jornal The Kathmandu Post.
A pesquisa do IPCC, que é a primeira parte do Sexto Relatório de Avaliação sobre Mudanças Climáticas 2021, destacou que a temperatura da Terra pode subir mais de 1,5 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais nas próximas duas décadas.
No Acordo de Paris de 2015, os países concordaram em manter o aquecimento global abaixo de dois graus Celsius e, idealmente, limitá-lo a 1,5 grau, até o final deste século.
Mas as últimas descobertas do IPCC, elaboradas por centenas de cientistas ao redor do mundo, alertam que um aumento da temperatura global acima desse limite é provável, levando a condições climáticas extremas mais severas e frequentes, incêndios, secas, inundações e ciclones.
Segundo especialistas, a temperatura global já subiu 1,1 graus Celsius desde o período da industrialização (1850-1900) e é inequívoco que a influência humana produz mudanças rápidas e generalizadas na atmosfera, no oceano, na criosfera e na biosfera.
Os impactos do aquecimento global são visíveis no Nepal, onde as temperaturas aumentam e os padrões de precipitação mudam nos últimos anos.
Além disso, o país do Himalaia experimenta eventos climáticos extremos, como inundações, incêndios florestais, secas e deslizamentos de terra devido a chuvas extremas.
O relatório observou que os impactos das mudanças climáticas no sul da Ásia intensificarão as chuvas extremas, com inundações e deslizamentos recorrentes, particularmente na região oriental do Himalaia, que já está experimentando um alto padrão de derretimento.
No Nepal, que requer projetos hidrelétricos para atender às suas necessidades de energia e onde a agricultura depende das chuvas, as mudanças nos padrões de chuvas podem ter efeitos devastadores.
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