Esta noite é o início do torneio que já foi o deleite dos campeonatos nacionais de clubes da Europa. Já não tanto, com Cristiano Ronaldo, Neymar, Sergio Ramos e agora Lionel Messi fora.
Os problemas financeiros, em parte devido à má gestão dos clubes e em parte devido à crise global causada pelo novo coronavírus, colocaram uma tensão no LaLiga Santander, que foi particularmente afetado pela partida do argentino.
Numa tentativa de corrigir as coisas, ou assim foi sugerido, o presidente do LaLiga Javier Tebas chegou a um acordo com o fundo de investimento CVC sobre um mandato de 50 anos, algo fortemente criticado por Madrid e Barcelona.
No entanto, o projeto multimilionário obteve ontem a luz verde e ‘LaLiga Impulso’ foi aprovado por larga maioria na votação durante a Assembleia Extraordinária, com 38 votos a favor.
O acordo foi feito entre LaLiga e o fundo de investimento internacional CVC na semana passada para injetar dois bilhões e meio de euros na competição e nos clubes, a maioria dos quais viu as suas contas regularizadas.
Ao mesmo tempo, o início da competição não está com bom aspecto neste momento. Para além da partida de Messi, e antes disso Zinedine Zidane, Sergio Ramos e Raphael Varane, a Covid-19 não ajudou na formação.
Tampouco os Jogos Olímpicos de Tóquio ou as férias de verão em geral, momento em que a Espanha enfrenta atualmente uma intensa onda de calor que não ajudará nos estádios.
Contudo, a autorização para que os estádios sejam abertos ao público, a 30 por cento da sua capacidade, é um vislumbre de esperança para a angariação de fundos.
Não tem sido um ano glorioso para La Liga Santander nos últimos tempos, com nenhum dos seus clubes estrela, Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madrid, a ganhar títulos da Liga dos Campeões também.
O aspecto esportivo, condenado por ora ao segundo plano, será outra dor de cabeça para LaLiga a médio prazo, a menos que sejam feitas cantratações significativas antes de 31 de agosto.
A mais comentada foi a do francês Kylian Mbappé face à ansiedade do Real Madrid, mas o jogador parece ancorado no Paris Saint-Germain, especialmente tendo em conta o puxão de orelhas público do presidente do clube Nasser Al-Khelaifi. Com a chegada de Messi, o magnata do Qatar acredita que as ambições competitivas de Mbappé podem ser mais do que satisfeitas.
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