A decisão atende a um pedido feito nesta segunda-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A notificação-crime dirigida a Moraes foi assinada por todos os ministros do TSE e revela suposta conduta criminosa de Bolsonaro. No dia 4 de agosto, o ex-militar publicou nas redes sociais a íntegra de um trabalho da Polícia Federal (PF) que apura o suposto ataque ao sistema interno do TSE em 2018 e que, segundo o próprio tribunal, não representou nenhum risco para as eleições.
Com a nova frente de investigação, o Bolsonaro passa a ser alvo de quatro investigações no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em primeiro lugar, pela sua alegada ingerência na autonomia da PF; a suposta prevaricação em relação a denúncias de irregularidades na compra da vacina indiana contra a Covid-19 Covaxin; um relacionado aos seus ataques às urnas e o último ao vazamento da exploração da polícia secreta.
Segundo Moraes, ‘a evidência da existência de informação classificada ou reservada para os sistemas informáticos do TSE nos autos do inquérito policial foi devidamente destacada neste noticiário, para demonstrar que os dados nunca poderiam ser divulgados sem a devida autorização judicial’.
No pedido encaminhado ao STF nesta segunda-feira, os ministros da Justiça Eleitoral asseguram que a circulação do escrutínio pelo Bolsonaro representa um potencial prejuízo à Justiça Eleitoral.
Aprecia-se que a conduta do presidente e deputado Filipe Barros pode ser enquadrada no artigo do Código Penal que trata como crime ‘divulgar, sem justa causa, informação confidencial ou reservada, nos termos da lei’.
A pena é de um a quatro anos de prisão. Para o tribunal, o ex-capitão do Exército pode ter uma ligação com as ações da milícia digital investigada no caso da notícia falsa.
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