Esta política visa a pilhar mais terras palestinianas, promover a fragmentação da contiguidade geográfica da Cisjordânia e consolidar as colônias no nosso território, denunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado.
Descreveu a decisão das autoridades israelenses de emitir licenças de construção de 1.000 casas para palestinianos na Área C como uma tentativa de encobrir a construção dos seus colonatos e de enganar a comunidade internacional.
A Área C constitui 60% da Cisjordânia e está inteiramente sob o controle administrativo e de segurança do exército de Tel Aviv.
A presidência palestiniana condenou também ontem a expansão dos colonatos, afirmando que esta viola os tratados internacionais e que conduzirá a mais tensão.
Além disso, acrescentou, ignora a resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU, adotada em 2016, que apela à evacuação dos colonatos judeus de terras palestinianas, dizendo que ‘não têm validade legal e constituem uma violação flagrante do direito internacional’.
Advertiu que os palestinianos nunca aceitarão uma mudança no status quo em Jerusalém Oriental, que afirmam ser a capital do seu futuro Estado.
A organização não governamental israelense Peace Now também criticou o novo plano do governo do primeiro-ministro Naftali Bennett no dia anterior.
Advertiu que muitos dos edifícios sionistas aprovados ‘já foram construídos e existem no terreno, pelo que o plano visa legalizá-los em retrospectiva’.
De acordo com dados oficiais palestinianos, Israel construiu mais de 31.000 casas nos 144 colonatos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental desde 2004 e ergueu outros 139 postos avançados para futuros colonatos.
Entretanto, o número de colonos aumentou de 415.000 há 17 anos para 660.000 em 2019, apesar da rejeição pela comunidade internacional e das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
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