Segundo o chefe da Comissão Eleitoral desta nação, Patrick Nishindano, Hichilema tem 171.604 votos a seu favor (59,5%), enquanto o atual presidente Edgar Lundu acumula 110.178 (38,2 pontos), nos 15 distritos citados.
O resultado final da contagem de ingressos deve ser conhecido amanhã. Caso nenhum candidato obtenha mais de 50% de apoio nas urnas, será convocado um segundo turno em 37 dias, destacou a imprensa da capital.
Recentemente, Lundu denunciou a violência promovida por elementos da oposição durante o processo de votação na passada quinta-feira em algumas províncias da Zâmbia, nomeadamente o assassinato de duas pessoas, o que o levou a reforçar o envio de forças de segurança.
‘Recebi com espanto e grande tristeza a informação sobre o assassinato a sangue-frio de Jackson Kungo, presidente de sua Frente Patriótica (PF) para a província do Noroeste, e de um irmão do vice-secretário provincial permanente, Emmanuel Chihili ‘, denunciou. Na ocasião, ele expressou consternação com o nível de caos na província do Noroeste e em algumas partes das províncias do Oeste e do Sul. Afirmou que claramente nesses locais as eleições sofreram irregularidades e acusou os opositores políticos por esta situação.
‘Quando as pessoas dizem que as eleições não são livres e justas, habitualmente acusam o partido que está no governo, mas pero observem o que está acontecendo nestes lugares. Quem está causando o caos? É a oposição a que está por trás disso’, falou o chefe de Estado.
Por seu turno, Hichilema, candidato do opositor Partido Unido para o Desenvolvimento Nacional, afirmou que ‘milhões de zambianos vieram votar por um futuro melhor’ e disse que a afluência foi enorme e inspiradora e exigiu a calma do eleitorado.
Nishindamo informou que houve uma participação de 71,76% dos mais de 7 milhões de eleitores registrados, chamados a votar nas terceiras eleições gerais desde 2015 para eleger um chefe de estado por cinco anos.
Desde o mês passado, vários prognósticos baseados em pesquisas favoreceram o presidente, embora seus críticos considerassem imprecisos os métodos aplicados para obter os dados e outros estudos indicassem um declínio do apoio popular à PF nos últimos anos.
Hichilema, economista e empresário, que perdeu as eleições desde 2006, considerou que questões como a dívida externa e a queda do preço do cobre nos mercados internacionais – vitais para este país – polarizaram o eleitorado a seu favor.
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