Havana, 15 ago (Prensa Latina) O descanso que o visitante desfruta nas dependências do Jardim Botânico Nacional (JBN) contrasta com a energia de seu grupo, que promove diversas ações para amenizar a gestão ao cenário econômico atual.
O seu director geral, Carlos Manuel Pérez, declarou a Negócios em Cuba que, desde a sua fundação, o carácter da instituição é académico -para as tarefas associadas ao ensino do ramo biológico a que se dirigem-, científico e também recreativo.
É uma entidade pública, acrescentou, orçamentada pelo Estado, e no âmbito das suas funções desenvolve um conjunto de atividades geradoras de receitas, sendo a mais conhecida a visita guiada que fazem nacionais e estrangeiros.
Da mesma forma que afetou todos os setores ligados à recreação, o atual contingente de saúde obrigou o centro a fechar as portas aos clientes.
No entanto, disse o gestor, procuram novas fontes de financiamento, com base nas suas potencialidades e nas possibilidades derivadas do sistema monetário, que ordenou a unificação das duas moedas com curso legal no país e outras medidas das autoridades.
‘A iniciativa que mais temos trabalhado nos últimos meses está associada à execução de projetos paisagísticos chave na mão na Zona de Desenvolvimento Especial de Mariel.
‘Lá, importantes investimentos estrangeiros são feitos em um espaço próximo ao mar, próximo ao porto, o que torna necessário levar em conta requisitos muito especializados para poder germinar certas plantas, arbustos e outros elementos do verde urbano que demanda o lugar’, argumentou.
O responsável expressou que se empenham em colocar toda a sabedoria do Jardim no apoio aos referidos planos, onde atuarão nas zonas de vegetação dentro dos investimentos; mas também na execução de obras públicas, como árvores.
Está, segundo ele, criando um ambiente muito mais agradável, onde a admirável infraestrutura alcançada se alia a uma perfeita harmonia de ambientes naturais.
Na opinião de Pérez, e de acordo com a Resolução 115 do Ministério da Economia e do Planejamento, o Jardim ficaria com parte considerável das receitas cambiais obtidas com essas obras, que, além disso, seriam revertidas para as subestruturas e a sustentabilidade da instituição.
Caso consigamos adquirir capital com este tipo de atividades, e nisso nos esforçamos, teremos conseguido desonerar o Estado da alocação de recursos financeiros que atualmente são limitados, disse.
Embora o próprio centro capte cerca de 60% dos recursos de que necessita para manter sua vitalidade, a ideia é reduzir o orçamento concedido e que o valor arrecadado, mesmo que ultrapasse o custo, seja investido em projetos de educação ambiental implantados. .
Em termos de conservação, acrescentou, precisamos de máquinas, ferramentas, insumos, tecnologias, roupas especializadas e certos meios que o país necessariamente compra no exterior.
Então, se conseguirmos gerar essa liquidez, também vamos financiar esses recursos, disse ele.
Da mesma forma, conforme revelado, a instituição conta com mais de 400 trabalhadores para seu apoio e deve preservar uma grande infraestrutura que inclui, por exemplo, estradas, restaurantes, cafeterias e centros científicos.
CREDENCIAIS MAIS DO QUE ANULAÇO
O JBN ocupa uma área de mais de 500 hectares, onde recebe manutenção e desenvolve mais de 400 mil indivíduos e coexistem mais de três mil espécies de plantas.
Ao mesmo tempo, ele tem uma experiência acumulada de mais de 50 anos na criação, monitoramento e sustentabilidade de projetos paisagísticos.
Aqui tem um pessoal altamente qualificado, disse Pérez, e por ser uma entidade científica temos botânicos, agrônomos e outros especialistas relacionados com este tipo de trabalho.
No grupo estão arquitetos paisagistas e uma rede de relações lucrativas com empresas estatais, trabalhadores autônomos e creches que complementam os serviços que nos possam ser solicitados, disse.
Atualmente, informou Pérez, estamos realizando um novo projeto.
‘Falo do que será a Escola Nacional de Horticultura e Paisagismo, onde pretendemos formar, com alto nível profissional, jardineiros, técnicos, trabalhadores e demais profissionais que interajam com o verde urbano.’
‘As primeiras ações que estamos fazendo têm a ver com a formação dos podadores da União Elétrica’, explica.
Graças a um curso que vai começar em breve, explicou, poderemos generalizar conhecimentos que nos permitirão melhorar a abordagem que se faz no manejo de árvores próximas às linhas de transmissão.
Temos, sublinhou, a visão de fomentar laços com diferentes instituições acadêmicas e científicas internacionais e de aceder a fundos de cooperação que apoie a sustentabilidade deste espaço que é, em última análise, um tesouro da nação cubana.
(Retirado de Negócios em Cuba) / ls