23 de November de 2024
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Biden, Trump e a culpa pela derrota no Afeganistão

Biden, Trump e a culpa pela derrota no Afeganistão

Washington (Prensa Latina) A culpa pelo fracasso dos Estados Unidos no Afeganistão é como uma batata quente que ninguém quer carregar, nem o presidente Joe Biden, nem seu antecessor Donald Trump (2017-2021).

Trump no domingo pediu a renúncia do atual presidente devido à saída retumbante de Washington de Cabul e aproveitou a oportunidade para reiterar sua teoria de fraude nas eleições de 2020. Por sua vez, Biden, que raramente menciona o ex-presidente, enfatizou seu nome na segunda-feira e também no fim de semana para lembrar que a retirada das tropas americanas do Afeganistão foi originalmente negociada pelo governo Trump.

O magnata está liderando as acusações dos republicanos pelo manejo da situação no país da Ásia Central, onde o Talibã controla todo o país após 20 anos de ocupação pelos EUA.

Como muitos outros, o líder da minoria na Câmara, Steve Scalise, comparou este momento à derrota dos Estados Unidos no Vietnã em 1975. ‘Este é a Saigon de Biden’, disse ele à CBS em uma entrevista.

Embora o presidente tenha garantido há um mês que não haveria helicópteros para evacuar a embaixada em Cabul, as imagens deste domingo eram muito semelhantes às de Saigon em 1975.

Por sua parte, o deputado republicano Michael McCaul, disse no programa State of the Union (Estado da União, em inglês), da CNN que Biden ‘terá as mãos manchadas de sangue’ pela retirada das tropas dos EUA e da rápida tomada do poder pelos insurgentes.

‘Eles subestimaram completamente a força do Talibã’, disse McCaul, membro do Comitê de Relações Exteriores da Câmara.

Para os membros da força vermelha (Republicanos), é apenas uma justificativa a Casa Branca considerar que o ataque dos rebeldes era pouco provável devido ao treinamento militar do exército afegão e aos milhões de dólares gastos para equipá-los.

Os democratas tentaram recuperar o controle da narrativa argumentando que nem Biden nem o povo estadunidense queriam mais sangue derramado em um conflito estrangeiro que durou duas décadas.

Aproximadamente 2.500 soldados americanos permaneciam no Afeganistão quando Biden assumiu o cargo em janeiro e em abril o presidente disse que acataria a retirada acordada pelo governo anterior, mas adiou a data duas vezes, a última para 31 de agosto.

Depois de defender durante anos o fim da chamada ‘guerra sem fim’ no Afeganistão, agora Trump diz que este é o resultado militar mais vergonhoso da história da nação do norte e insiste que sob seu mandato teria sido diferente. O executivo anterior negociou um acordo com o Talibã em 2020 com um plano de retirada total das forças até maio deste ano em troca de certos compromissos do grupo, como negar refúgio a grupos terroristas capazes de atuar contra os Estados Unidos.

Para a Casa Branca, a retirada total das tropas é sustentada por pesquisas que indicam o baixo apoio dos estadunidenses à disputa iniciada em 2001, após os atentados de 11 de setembro em uma suposta cruzada contra o terrorismo.

Em sua declaração na segunda-feira, o chefe de estado dos EUA evitou admitir a derrota e culpou os líderes afegãos pelo caos naquele país asiático por sua incapacidade de negociar com o Talibã ou defender seu território. ‘Sei que minha decisão será criticada, mas prefiro isso do que passar o problema para outro presidente, é a decisão certa para os Estados Unidos’, disse Biden em resposta à onda de críticas à sua decisão.

A verdade é que enquanto deste lado do Atlântico um e outro se culpam pelo fracasso da mais longa guerra dos Estados Unidos, sem sequer citar o ex-presidente George W. Bush, que ordenou a aventura de guerra há 20 anos, os mais afetados são afegãos.

A presença das forças dos EUA em vez da democracia e da paz deixa milhares de civis mortos e deslocados como um legado para os afegãos, assim como um país em caos, inseguro, instável e cheio de incertezas, dizem analistas.

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