A propósito da retirada das tropas norte-americanas da nação centro-americana, o titular de Relações Exteriores lembrou a participação de Washington no conflito durante duas décadas.
‘Tiveram que passar 20 anos com milhares de mortes e bilhões de dólares em gastos para confirmar-se que os Estados Unidos não tem direito a reger o destino do Afeganistão nem de nenhum país soberano’, rechaçou.
De acordo com números oficiais, cerca de 2.500 soldados norte-americanos permaneciam no Afeganistão quando Joe Biden assumiu o cargo em janeiro passado.
Em abril, o presidente norte-americano disse que cumpriria com a retirada acordada pela administração anterior, mas adiou a data duas vezes, a última em 31 de agosto.
O anterior executivo negociou um acordo com os talibãs em 2020 com um plano para a retirada total das forças, o mais tardar em maio deste ano, em troca de certos compromissos do grupo, como negar refúgio a grupos terroristas capazes de atuar contra os Estados Unidos.
Para a Casa Branca, a saída completa dos efetivos é apoiada em pesquisas que apontam o baixo apoio dos americanos à contenda iniciada em 2001, depois dos ataques de 11 de setembro em uma suposta cruzada contra o terrorismo.
No entanto, numerosas declarações reconheceram a participação dos Estados Unidos como responsável pelo atual conflito com os talibãs no Afeganistão.
O país centro-americano entrou em colapso com a retirada das forças ocupantes dos Estados Unidos e da OTAN, presentes no território desde 2001 com o pretexto de eliminar a rede terrorista Al Qaeda e assassinar seu líder Osama bin Laden.
jcm/ebr/glmv