Em uma série de mensagens na rede social Twitter, o fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) escreveu que ele ‘não tem o direito de se aposentar’ e está ‘na fila’ para concorrer à presidência, porque ‘um ser humano que tem uma causa só deixa de lutar quando morre’.
Segundo Lula, ele estava convencido de ter cumprido a missão de sua vida quando conseguiu tirar o Brasil do mapa da fome. ‘Pensei que minha luta estava terminada. E foi então que aprendi uma coisa: um ser humano que tem uma causa só pára de lutar quando morre’, disse ele. ‘Eu não tenho o direito de me retirar, nem de ficar calado, nem de carregar ódio. E o PT tem a obrigação de retornar. Definiremos a candidatura mais tarde. Ainda não sou um candidato. Mas eu estou na fila’, disse ele.
Lula iniciou esta semana um passeio pelo Nordeste do país, que é visto como o início de sua jornada rumo à candidatura ao poder em 2022.
Em Recife, capital do estado de Pernambuco, ele se reuniu com líderes do Partido Socialista Brasileiro, incluindo o governador da divisão territorial, Paulo Câmara.
Ele disse estar ‘muito disposto a conversar e a estabelecer alianças políticas’. Há apenas uma coisa da qual não vou desistir: as pessoas devem ser incluídas no orçamento. De agora em diante, nunca mais vamos parar. Vamos dar a volta ao país’, previu ele.
As pesquisas eleitorais apontam Lula como o líder da corrida presidencial, surgindo como o principal oponente do governante Jair Bolsonaro.
Em seu segundo dia no Nordeste, ainda em Recife, o ex-líder trabalhista deixou claro que só tomará a iniciativa de falar com os militares se derrotar Bolsonaro nas urnas no próximo ano.
‘O que vamos fazer com as forças armadas é que elas cumpram sua função constitucional’. As forças armadas existem para garantir a soberania nacional contra possíveis inimigos externos’, disse ele à imprensa.
Disse que ‘se eles quiserem se envolver na política, (os militares devem decolar) seus uniformes, tornar-se cidadãos comuns, e então eles podem ser candidatos a qualquer coisa’.
Quando eu ganhar, ele observou: ‘Falarei porque então serei o chefe deles e direi o que penso e qual é o papel deles’. Porque a democracia definitivamente não apoia um Estado civil governado por quase seis mil oficiais militares que ocupam cargos de confiança no governo Bolsonaro’.
De acordo com a agenda da turnê, o ex-presidente visitará Teresina, capital do estado do Piauí, na terça-feira, onde participará de atividades com líderes políticos, movimentos sociais e empresários.
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