Peritos internacionais realizaram uma investigação no país durante oito meses, a partir da qual entrevistaram 400 pessoas, analisaram mais de 120 mil processos e ouviram depoimentos de organizações sociais, além de testemunhas de atos de violência e instituições.
Os resultados, que serão oficializados dentro de uma hora em cerimônia pública na principal instituição financeira boliviana, ‘ajudarão no processo que está sendo seguido, mas sobretudo para divulgar a verdade dos fatos ocorridos’, assegurou à imprensa uma das pessoas que se reuniram no local.
‘Mataram-nos como animais, agora estou inválido e não posso trabalhar, por isso peço justiça e 30 anos de prisão para Jeanine Áñez, sem direito a perdão’, declarou Ambrosio Yucra, baleado no massacre de Huayllani (Cochabamba).
O Procurador-Geral do Estado, Wilfredo Chávez, anunciou que uma vez conhecido o documento do Grupo Interdisciplinar de Peritos Independentes (GIEI), o objetivo do governo será a busca incessante pela justiça.
‘Há uma grande expectativa a nível nacional e internacional para sabermos o alcance que o GIEI preparou. É uma notícia que deve nos fazer refletir sobre o que aconteceu em 2019’, frisou.
Além disso, indicará o caminho que o país deve seguir para fechar todas as vias da impunidade e alcançar a justiça, que é o que todos desejamos, acrescentou Chávez em entrevista à Rede Patria Nueva.
Lembrou que este é o segundo relatório sobre os lamentáveis acontecimentos de novembro de 2019. No primeiro, publicado naquele ano, foi constatada a violação dos direitos humanos por uniformizados e paramilitares contra o povo boliviano, afirmou.
‘Agora é uma investigação completa. Muitas pessoas estiveram nas entrevistas e esperamos que o relatório atenda às expectativas de todos’, disse ele.
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