A chefe da Comissão Europeia, o órgão executivo da UE, Ursula von der Leyen, declarou que, embora estejam sendo mantidos contatos técnicos com o movimento armado, não há intenção de reconhecer um governo sob sua liderança no Afeganistão.
Estamos mantendo contatos operacionais com o Talibã para assegurar que vidas sejam salvas, mas não estamos mantendo nenhum tipo de negociação política, nem vamos reconhecer um governo Talibã’, disse a ex-ministra da defesa alemã.
Vários países da UE, especialmente a Alemanha, estão participando, juntamente com os Estados Unidos, da transferência para outros países de seus cidadãos, tropas e alguns civis afegãos, depois que o movimento Talibã tomou o controle de Cabul.
Após mais de 20 anos de ocupação e ação armada, Washington está registrando um novo fracasso no Afeganistão, de onde todas as suas tropas devem partir até o dia 31 deste mês, conforme acordado em 2020 em Doha pelo então presidente dos EUA, Donald Trump.
O Pentágono perdeu quase três mil homens em duas décadas de ocupação, durante as quais gastou mais de dois trilhões de dólares, entre outras coisas, para construir um exército que mal resistiu por alguns dias diante de uma vertiginosa ofensiva talibã.
TheMilitary Balance, um boletim de imprensa, afirma que cerca de 40 tanques T-55 e T-62, 640 veículos blindados MSFV, 200 carros blindados leves MaxxPro e vários milhares de ‘Martelos’ ficaram como troféus nas mãos do grupo armado.
Além disso, a formação armada tomou posse de até 50 sistemas antiaéreos Grad, 85 armas autopropulsoras de 122 milímetros e cerca de 600 morteiros, entre outras armas, de acordo com a agência de notícias TASS, citada aqui pela imprensa da capital.
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