Seu líder, o ex-policial Jimmy Cherrizier (Barbecue), garantiu que demonstrará solidariedade com as vítimas e participará da distribuição de ajuda às mais de 600.000 famílias que precisam urgentemente de ajuda, de acordo com números do governo.
‘As Forças Revolucionárias do G9 e seus aliados participarão, trazendo-lhes ajuda. Convidamos todos os compatriotas a demonstrarem solidariedade com as vítimas, tentando compartilhar com elas o pouco que há’, disse Barbecue em um vídeo que circulou nas redes sociais.
A federação é uma das mais poderosas da capital e, segundo as organizações de direitos humanos, sua criação foi sugerida pela Comissão Nacional para o Desarmamento, Desmantelamento e Reintegração de Gangues, fundada pelo presidente assassinado Jovenel Moïse.
Apesar do anúncio, a área mais difícil para a entrega de suprimentos, medicamentos, alimentos e água aos departamentos do sul é a comuna de Martissant, onde as gangues de Grand Ravine e Ti Bwa vêm lutando há dois meses.
A violência nesta e em outras partes do país forçou algumas organizações humanitárias a transportar ajuda por helicóptero.
‘Apesar da negociação de um corredor humanitário, as restrições de acesso e a insegurança continuam sendo um grande desafio para os parceiros humanitários em todos os setores’, reconheceu a ONU em um relatório.
O governo não comentou as supostas negociações, embora tenha instruído a polícia a acompanhar todos os comboios para as áreas afetadas.
Pelo menos 2.207 pessoas morreram e 12.268 ficaram feridas no terremoto de 14 de agosto, enquanto 344 ainda estão desaparecidas.
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