O texto, entregue por José Mieles, subsecretário do Ministério da Economia e Finanças, consta do pró-forma do orçamento anual e da programação orçamentária quadrienal.
O pró-forma apresentado para 2021 compreende um montante geral de 32.948.000.000 de dólares.
De acordo com os dados, as receitas totais ascendem a 23.042.000.000 e as despesas a 27.855.000.000, o que resulta num déficit global de 4.812.000.000 de dólares, equivalente a 4,63% do Produto Interno Bruto (PIB).
No entanto, o Ministério da Economia e Finanças especificou que este último valor representa 911.047.000.000 a menos do déficit de execução orçamental, em comparação com 2020.
Da mesma forma, as receitas permanentes para 2021 superam as despesas em 808.000.000.000, cumprindo assim a regra fiscal estabelecida pela Constituição da República, disse o ministério.
As principais premissas macroeconômicas que sustentam o pró-forma são: preço médio do barril de exportação de petróleo (59,80 dólares), crescimento do PIB (3,02%), inflação média (-0,05%), volume de produção de petróleo (177.260.000 de barris) e PIB nominal (103.877.000.000).
Necessidades de financiamento, gastos com proteção social, plano anual de investimentos, bem como conta poupança e financiamento de investimentos são outros elementos incluídos no documento.
O pró-forma também se refere à Conta de Déficit de Financiamento de Derivados, que representa um decréscimo de 2.549.000 de dólares (2,45% do PIB), em relação ao orçamento inicial para 2020.
Uma vez apresentado o documento, caberá ao plenário da Assembleia Nacional avaliá-lo e definir se o mesmo avança no prazo concedido e em debate único.
Na falta de pronunciamento do legislador, ambos os instrumentos entrarão em vigor pelo Ministério da Justiça.
Em cumprimento à Constituição, deve ser apresentado o pró-forma orçamentário, no primeiro ano de gestão, 90 dias após o início do período e, consequentemente, a atual gestão, iniciada em 24 de maio, acaba de entregar o texto.
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