23 de November de 2024
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Novos testemunhos no Brasil no caso de interferência da Bolsonaro

Novos testemunhos no Brasil no caso de interferência da Bolsonaro

Brasília, 24 ago (Prensa Latina) O Juiz Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou novas declarações na investigação de uma suposta tentativa do Presidente Jair Bolsonaro de interferir na Polícia Federal, que foi confirmada hoje.

O site do Consultor Jurídico afirma que as consultas são baseadas em declarações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro.

Moro denunciou a intromissão de Bolsonaro na força policial, ato que, segundo o ex magistrado, o levou a se afastar do governo em 24 de abril de 2020.

Ele acrescentou que o ex-oficial militar condicionou sua partida à demissão do delegado Mauricio Valeixo como chefe do poderoso órgão de investigação, como de fato aconteceu.

Segundo o site, em maio do ano passado, o então relator da investigação, ministro Celso de Mello do STF, permitiu que Moro, a Polícia Federal, o Procurador-Geral da República e o Procurador-Geral da União tivessem acesso ao vídeo da reunião ministerial realizada em 22 de abril de 2020.

A ideia era que todos pudessem formular as perguntas a serem feitas durante os depoimentos das testemunhas.

Após o reinício da investigação, o delegado policial responsável pela condução do inquérito, Felipe Alcántara de Barros Leal, questionou se o Ministério Público Federal e a defesa das pessoas sob investigação fariam perguntas durante as novas declarações.

De Alexandre descartou a necessidade de uma intimação para cumprir com este procedimento.

Segundo o magistrado, a determinação de De Mello se referia apenas às testemunhas que seriam ouvidas naquele momento da investigação a respeito do conteúdo da mídia e da gravação da reunião de 22 de abril.

‘Entendo que não é necessário manter este procedimento para todas as audiências’, disse o ministro.

A Polícia Militar quer aprofundar as inquisições que afetam os filhos de Bolsonaro, especialmente no estado do Rio de Janeiro.

Para a instituição, o suposto interesse do presidente em controlar o alto-comando da força policial poderia estar relacionado a vários problemas familiares com o sistema de justiça.

A investigação tinha sido suspensa desde setembro. O Supremo completa ainda não decidiu se a apresentação de Bolsonaro no caso deve ser feita pessoalmente ou por escrito.

mv/ocs/bm

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