O site do Consultor Jurídico afirma que as consultas são baseadas em declarações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro.
Moro denunciou a intromissão de Bolsonaro na força policial, ato que, segundo o ex magistrado, o levou a se afastar do governo em 24 de abril de 2020.
Ele acrescentou que o ex-oficial militar condicionou sua partida à demissão do delegado Mauricio Valeixo como chefe do poderoso órgão de investigação, como de fato aconteceu.
Segundo o site, em maio do ano passado, o então relator da investigação, ministro Celso de Mello do STF, permitiu que Moro, a Polícia Federal, o Procurador-Geral da República e o Procurador-Geral da União tivessem acesso ao vídeo da reunião ministerial realizada em 22 de abril de 2020.
A ideia era que todos pudessem formular as perguntas a serem feitas durante os depoimentos das testemunhas.
Após o reinício da investigação, o delegado policial responsável pela condução do inquérito, Felipe Alcántara de Barros Leal, questionou se o Ministério Público Federal e a defesa das pessoas sob investigação fariam perguntas durante as novas declarações.
De Alexandre descartou a necessidade de uma intimação para cumprir com este procedimento.
Segundo o magistrado, a determinação de De Mello se referia apenas às testemunhas que seriam ouvidas naquele momento da investigação a respeito do conteúdo da mídia e da gravação da reunião de 22 de abril.
‘Entendo que não é necessário manter este procedimento para todas as audiências’, disse o ministro.
A Polícia Militar quer aprofundar as inquisições que afetam os filhos de Bolsonaro, especialmente no estado do Rio de Janeiro.
Para a instituição, o suposto interesse do presidente em controlar o alto-comando da força policial poderia estar relacionado a vários problemas familiares com o sistema de justiça.
A investigação tinha sido suspensa desde setembro. O Supremo completa ainda não decidiu se a apresentação de Bolsonaro no caso deve ser feita pessoalmente ou por escrito.
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