A suspensão da ajuda financeira ao país da Ásia Central é um novo golpe para uma economia que depende fortemente da ajuda externa e enfrenta o aumento dos preços dos alimentos, sublinhou o canal TOLO news.
O Banco Mundial comprometeu mais de US $ 5,3 bilhões para projetos de desenvolvimento no Afeganistão, de acordo com o site da organização.
O Fundo Fiduciário de Reconstrução do Afeganistão, administrado pelo Banco Mundial, arrecadou mais de US$ 12,9 bilhões.
‘Suspendemos os desembolsos em nossas operações no Afeganistão e estamos monitorando e avaliando de perto a situação de acordo com nossas políticas e procedimentos internos’, disse a porta-voz do Banco Mundial, Marcela Sánchez-Bender.
Anteriormente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) suspendeu o acesso de Cabul aos seus recursos, incluindo US$ 440 milhões em novas reservas monetárias, disse devido à falta de clareza sobre o governo do país depois que o Talibã tomou a capital afegã.
O anúncio do FMI foi feito em meio à pressão do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, que detém participação majoritária no fundo.
Após 20 anos de guerra, o Afeganistão enfrenta um colapso econômico e países e instituições estrangeiras disseram que retirarão a ajuda e o dinheiro enviado ao país depois que os insurgentes fundamentalistas tomaram o poder.
O grupo armado radical reconquistou Cabul e controla 33 das 34 províncias do país, 20 anos depois de entregar o governo a uma invasão dos Estados Unidos e da OTAN em uma suposta cruzada antiterrorista.
O Afeganistão está agora mais empobrecido pela guerra e, de acordo com dados da ONU, neste ano, quase 360.000 de seus habitantes foram forçados a deixar suas casas.
Desde o início do conflito, houve 11 milhões de refugiados e 5 milhões de deslocados internos, além de mais de 150 mil civis mortos.
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