25 de December de 2024
nombre generico prensa latina

notícia

nombre generico prensa latina
Bandera portugal
Edição Portuguesa

NOTICIAS

Julgamento no Supremo definirá futuro dos povos indígenas

Julgamento no Supremo definirá futuro dos povos indígenas

Brasília, 25 ago (Prensa Latina) O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciará hoje o julgamento do chamado marco temporal que definirá a vida dos povos indígenas e o futuro da demarcação de suas terras no Brasil.

Na sessão, considerada a mais importante do século para as comunidades indígenas, o tribunal analisará uma ação de recuperação de terras movida pelo estado de Santa Catarina contra o povo Xokleng. A petição se refere às terras indígenas Ibirama-Laklãno, onde vivem os povos Guarani e Kaingang.

Desde 2017, o Estado invoca a tese do marco temporal para reclamar o território.

Nessa interpretação, a posse da terra só é garantida àqueles que comprovarem que se encontravam na área na data da promulgação da Constituição Federal, 5 de outubro de 1988. Na prática, isso limita o reconhecimento.

Em 2019, o STF deu status de ‘repercussão geral ‘ ao processo, o que significa que a decisão tomada no caso servirá de diretriz para a direção federal e todas as instâncias da justiça no que diz respeito aos procedimentos de demarcação.

A discussão é acompanhada por uma gigante mobilização de mais de seis mil indígenas que, de 22 a 28 de agosto, acamparam nas praças da Cidadania e dos Três Poderes, no centro de Brasília, sob o lema Luta pela Vida.

Diante do Congresso Nacional, os povos condenaram a agenda anti-indígena em curso no Legislativo e no governo federal. Com faixas, cartazes e danças, pediram a proteção dos territórios e o afastamento do presidente Jair Bolsonaro.

O objetivo principal é o projeto de lei 490, de 2007, que também determina o prazo e vai além, ao transferir para os parlamentares o poder de decidir sobre os processos de demarcação.

O texto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, mas ainda precisa ser votado em plenário.

Para Rafael Modesto, assessor jurídico do Conselho Indigenista Missionário, essa será a oportunidade ‘para o Supremo Tribunal Federal fazer justiça e garantir que a Constituição Federal seja cumprida e que as demarcações continuem ocorrendo e os indígenas sejam indenizados’.

Ele ressaltou que os ministros têm em suas mãos a oportunidade de revisar uma história sangrenta que os povos indígenas viveram até hoje em mais de 500 anos de Brasil.

A previsão é de que a tese seja anulada e Modesto acredita que a mobilização deve sensibilizar o tribunal.

Em 2015, os indígenas conseguiram, por meio de levante semelhante, evitar o cronograma então estabelecido.

msm/ocs/cm/gdc

minuto por minuto
NOTAS RELACIONADAS
ÚLTIMO MINUTO
Logo Horizontal Prensa LAtina

© 2016-2021 Prensa Latina
Agência Latino-americana de Notícias

Rádio – Publicações – Vídeos – Notícias a cada minuto.
Todos os Rigts Reservados.

Rua E No 454, Vedado, Havana, Cuba.
Telefones: (+53) 7 838 3496, (+53) 7 838 3497, (+53) 7 838 3498, (+53) 7 838 3499
Prensa Latina © 2021.

EDICIONES