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Primeiro ministro israelense rejeita criação de estado palestino

Primeiro ministro israelense rejeita criação de estado palestino

Tel Aviv, 25 ago (Prensa Latina) O primeiro-ministro de Israel, Naftalí Bennett, reconheceu hoje pela primeira vez desde que assumiu o cargo em junho que nunca apoiará a criação de um Estado palestino e anunciou que a colonização da Cisjordânia continuará.

Em entrevista publicada pelo jornal norte-americano The New York Times, e reproduzida pela imprensa nacional, o chefe do governo também descartou um acordo de paz com os palestinos, apesar destes repetidamente terem ‘buscado o aperto de mãos’ em Tel Aviv.

Conhecido por suas posições ultranacionalistas e de direita, o chefe do partido Yamina previu que não haveria solução para o conflito no futuro previsível.

‘Este governo não vai anexar (terras na Cisjordânia) nem formar um Estado palestino, todos sabem disso’, frisou o político em Washington, onde se encontra com o presidente norte-americano Joe Biden.

Embora tenha anunciado que não propõe anexar áreas daquele território, como tentou seu antecessor Benjamin Netanyahu, adiantou que manterá a política de crescimento natural das colônias judaicas, estratégia criticada pela comunidade internacional, que defende a evacuação desses assentamentos.

Nesta semana, o chefe do Interior e número dois da Yamina (aliança de partidos de direita), Ayelet Shaked, garantiu que esse grupo deixará o governo de coalizão se o chanceler Yair Lapid promover a criação de um Estado palestino ao substituir Bennett no cargo.

‘Não haverá um estado palestino em um governo do qual nós (Yamina) fazemos parte’, disse ele.

O chanceler deixou a porta aberta para essa possibilidade assim que assumir o poder.

Como parte do acordo de coalizão, o chefe de Yamina será substituído em 2023 por Lapid, que comanda a formação Azul e Branca.

De acordo com dados oficiais palestinos, as autoridades de Tel Aviv construíram mais de 31.000 casas nas 144 colônias localizadas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental desde 2004 e ergueram outros 139 postos avançados para futuros assentamentos.

Enquanto isso, o número de colonos cresceu de 415.000 há 17 anos para 660.000 em 2019, apesar da rejeição da comunidade internacional e das resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

ga/rob/cm

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