As informações de inteligência coletadas durante a semana tornam cada vez mais certa e confiável a iminência de uma incursão letal no campo de aviação ou nos centros de processamento de refugiados operados pelas forças ocidentais, disse Heappey à Sky News.
No início do dia, o Ministério das Relações Exteriores britânico emitiu uma declaração aconselhando os cidadãos britânicos ainda no Afeganistão a evitar o terminal aéreo da capital afegã, a procurar segurança e a aguardar instruções sobre sua saída do país.
Os governos dos EUA e da Austrália emitiram avisos semelhantes aos seus cidadãos na nação do Sul da Ásia.
O movimento Talibã, que nunca foi derrotado durante os 20 anos de ocupação estrangeira, começou a recuperar terreno no Afeganistão no ano passado, depois que a coalizão liderada pelos EUA começou a se retirar.
O grupo insurgente entrou em Cabul em 15 de agosto sem encontrar resistência das forças armadas do presidente Ashraf Ghani, que fugiu do país e se refugiou nos Emirados Árabes Unidos.
O acordo alcançado pelo então presidente republicano Donald Trump e líderes talibãs em uma reunião em Doha, Qatar, em 2020, e mais tarde endossado por seu sucessor democrata Joe Biden, estabelece o dia 31 de agosto como o prazo final para a evacuação das forças armadas americanas.
A queda de Cabul para o grupo extremista afegão levou milhares de pessoas, a maioria delas colaboradores das forças de ocupação, a se reunirem no aeroporto da capital na esperança de serem evacuadas com pessoal estrangeiro.
O Ministério da Defesa britânico disse na quinta-feira que 11.474 pessoas, incluindo 6.946 afegãos, deixaram o Afeganistão em aviões da Royal Air Force.
O governo do Primeiro-Ministro Boris Johnson também se comprometeu a acolher mais 20.000 refugiados do Afeganistão nos próximos cinco anos.
rgh/nm/bm