Através de uma avaliação das crises econômicas, sociais e políticas que o país atravessa, as organizações signatárias criticam a escalada autoritária do governo e alertam para a necessidade de unidade no dia 7 de setembro, o 199ú aniversário da proclamação da Independência, em defesa do Estado democrático de direito.
O objetivo, de acordo com o documento, é conter os impulsos autoritários dos ex-militar e discutir questões urgentes como a criação de empregos decentes, a necessidade de programas sociais e o enfrentamento da crise sanitária causada pela Covid-19.
Um trecho do documento afirma que ‘ao invés de agir para resolver os problemas, agravados pelo caos político instalado em Brasília durante a atual administração, o governo está alimentando-os’.
E os utiliza, acrescenta, para ‘atacar os direitos trabalhistas, afetando ainda mais o já instável mercado de trabalho’. Segundo as centrais sindicais, ‘o próprio presidente está encarregado de gerar pessoalmente confrontos diários, criando um clima de instabilidade e uma imagem desacreditada do Brasil’.
Advertem que o país não pode mais suportar, especialmente o povo pobre, que mais sofre as consequências da má administração de Bolsonaro.
O Brasil ‘não pode estar à mercê das ideias malucas de uma pessoa que demonstrou total incapacidade política e administrativa, e total insensibilidade social’, denuncia o conteúdo.
Insta os poderes legislativo e judicial em todos os níveis, governadores e prefeitos a tomarem a liderança em decisões importantes em nome do Estado de direito democrático.
Para os signatários da declaração, ‘este movimento deve ser impulsionado pelo forte sindicato de trabalhadores e seus órgãos representativos’.
Da mesma forma por todas as instituições democráticas, pela sociedade civil organizada, em suma, por todos os ‘cidadãos que querem conduzir nosso país de volta a um caminho virtuoso para o benefício do povo’.
Os membros do Supremo Tribunal Federal preveem que o dia 7 de setembro intensificará a crise institucional.
As manifestações pró-governo, inclusive incentivadas por Bolsonaro, que anunciou sua participação nos eventos em Brasília e São Paulo, estão preocupando as secretarias de Segurança Pública e do Congresso.
Nesse dia, segundo a Central Única dos Trabalhadores, o rugido da concentração Fora de Bolsonaro se unirá ao Grito dos Excluídos em todo o Brasil com a participação de sindicatos, movimentos sociais, entidades da sociedade, partidos progressistas em um total de mais de 80 organizações.
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