Em 28 de dezembro de 2020, a Assembleia Geral das Nações Unidas – com o apoio de 52 estados membros – aprovou a resolução promovida pelo governo para proclamar o 31 de agosto como o Dia Internacional dos Afrodescendentes, e no dia 2 instituiu o Fórum Permanente de Pessoas de ascendência africana para combater o racismo sistemático.
A primeira vice-presidência da Costa Rica indicou que por isso este país é a sede mundial para a celebração do primeiro Dia Internacional do Afrodescendente, período em que realizarão diversas atividades, transmitidas ao vivo para os demais países do mundo via streaming.
‘Esta comemoração visa promover o respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais, contribuir para a eliminação de todas as formas de discriminação contra os afrodescendentes e promover a diversidade do patrimônio e as contribuições extraordinárias da Diáspora africana’, destacou a fonte de informação.
Especificou que esta capital e Cahuita -na província caribenha de Limón, onde vive o maior número de afro-costarriquenhos- serão palco de fóruns, conferências, atividades artísticas e culturais de alto nível que acontecerão de hoje até sábado.
A comemoração, destacou, é organizada pelo governo da Costa Rica com o apoio do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, do Departamento de Comunicação Global das Nações Unidas e do Sistema das Nações Unidas na Costa Rica.
‘Esta primeira comemoração internacional é realizada na Costa Rica por ser o país que promove esta celebração, em cumprimento ao compromisso assumido há mais de 100 anos no I Congresso dos Povos Negros do Mundo, quando se propôs celebrar as contribuições do povo afro-americano ‘, disse a primeira vice-presidenta, Epsy Campbell.
Campbell, a primeira afro-costarriquenha a ocupar esse cargo, destacou que esta data reafirma o compromisso com o reconhecimento, a justiça e o desenvolvimento dos afro-descendentes.
Com esta primeira celebração do Dia Internacional dos Afrodescendentes, o UNFPA e a Costa Rica convocam ações para acabar com a desigualdade e a discriminação contra esses povos e comunidades, detalhou a primeira vice-presidência.
‘Onde há exclusão, as sociedades não podem pretender serem justas, equitativas ou desenvolvidas. A Agenda 2030 está explicitamente comprometida em não deixar ninguém para trás e, neste sentido, as ações e os investimentos para o desenvolvimento devem ser direcionados primeiro para aqueles que mais precisam’, exaltou.
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