Segundo o Ministério de Ecologia e Meio Ambiente, o funcionário ficará aqui de terça-feira a sexta-feira e as conversações serão realizadas no município de Tianjin.
Disse que as conversações incluirão uma troca de opiniões antes da Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP26), agendada para o próximo mês de novembro em Glasgow, Escócia.
A viagem anterior de Kerry foi em abril passado e ele se tornou o primeiro alto funcionário da administração do Presidente dos EUA Joe Biden a visitar a China.
O resultado dessa viagem foi uma decisão de ambas as potências para ‘seriamente e urgentemente’ resolver os problemas decorrentes da mudança climática e para pressionar para a implementação do Acordo de Paris.
De acordo com um comunicado conjunto, as partes trabalharão em ações concretas para atingir os objetivos de manter a elevação da temperatura média global abaixo de dois graus Celsius e limitá-la a 1,5 graus.
Se esforçarão para eliminar gradualmente a produção e o consumo de hidrofluorcarbonos, reduzir todos os tipos de emissões poluentes e descarbonizar a indústria e a geração de energia.
Enfatizarão uma maior utilização de energia renovável, promoverão uma agricultura verde e resistente ao clima e construirão infraestrutura e veículos que utilizam sistemas favoráveis à natureza.
Entre outras questões, as duas potências se comprometeram a contribuir para o sucesso da COP 26 em Glasgow e da Convenção sobre Diversidade Biológica em Kunming, no sudoeste da China, em outubro próximo.
Os observadores locais interpretam as duas visitas de Kerry como um sinal positivo no meio do atrito contínuo entre os dois países em áreas diferentes.
Desde a chegada de Biden à Casa Branca, Beijing propôs o combate à mudança climática como uma das áreas a serem trabalhadas com o Norte, após quatro anos de impasse.
Na verdade, a nomeação de Xie Zhenhua para seu posto está relacionada a este propósito, pois o acadêmico foi o principal negociador da China durante as cúpulas climáticas de Copenhague e Paris, e sempre manteve uma boa comunicação com Kerry.
Entretanto, algumas vozes alertam para o dilema do enviado dos EUA em avançar no sentido de estabelecer um pacto de cooperação, devido à determinação de certas forças políticas em solo americano em contrabalançar o gigante asiático.
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