Isto se reflete em dados de uma pesquisa sobre o sistema escolar na pandemia, desenvolvida pelo Centro de Pesquisa Avançada em Educação da Universidade do Chile e a Escola de Governo e o Instituto de Sociologia da Universidade Católica, publicada por biobio.cl.
A amostra indicou que após o início do ano letivo em 1ú de março, as autoridades educacionais conseguiram que as escolas reiniciassem gradualmente até chegar a 80%.
Este percentual atingiu 90% nas escolas subsidiadas e privadas, embora tenha caído para 61% nas administradas pelos municípios, pois muitas áreas têm relutado em voltar às salas de aula porque não têm todas as garantias de saúde.
Entretanto, o Ministério espera que outros 20% das escolas municipais abram suas portas este mês.
Entretanto, de acordo com a pesquisa, a frequência dos alunos permanece extremamente baixa, com apenas 40% da capacidade fornecida pelas escolas, a maioria das quais estabelece um máximo de apenas 15 alunos por sala de aula, em média.
A este respeito, Juan Pablo Valenzuela, pesquisador da Universidade do Chile, considerou necessário trabalhar duro com as famílias para que elas recuperem a confiança e enviem seus filhos para aulas presenciais.
A questão tem causado polêmica no país, com o constante confronto entre a Associação de Professores e o Ministério da Educação.
A liderança do sindicato criticou o governo por querer forçar a abertura de escolas sem garantias sanitárias suficientes, especialmente quando todas as escolas não preenchem as mesmas condições.
Mas os especialistas também destacam a importância da modalidade presencial, pois uma parte considerável dos alunos não tem recursos para as aulas à distância, o que aprofunda ainda mais a lacuna que atinge os setores sociais mais vulneráveis.
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