Recentemente, em reunião de cientistas e autoridades do Ministério da Saúde (Minsap) com o grupo de trabalho temporário para o enfrentamento da pandemia, liderado pelo presidente Miguel Díaz-Canel, foi divulgado o calendário de vacinação para idades pediátricas.
De 15 de setembro a 15 de novembro, crianças de dois a 11 anos também serão vacinadas com Soberana 02, conforme autorização do Centro para o Controle Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos (Cecmed), órgão regulador nacional.
Enquanto isso, de 3 de setembro a 4 de outubro, os alunos do 12ú grau do pré universitário, do terceiro ano do ensino técnico-profissional e do último ano da formação pedagógica recebem imunização.
A este grupo é aplicada a Abdala, a outra vacina cubana autorizada para uso emergencial e desenhada pelo Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB).
O objetivo declarado por Cuba é que toda a população elegível para ser vacinada contra a Covid-19 receba pelo menos uma dose de qualquer um dos esquemas autorizados antes do final do corrente mês de setembro.
De acordo com um tweet recente do Instituto Finlay de Vacinas (IFV), o formato desta campanha de vacinação será intensivo, com muitas pessoas imunizadas em um curto espaço de tempo.
Todo o processo de vacinação foi autorizado pelo Cecmed, garantiu a diretora de ciência e inovação do Minsap, Ileana Morales.
O IFV desenhou os imunógenos Soberana 02 e Soberana Plus que atualmente são aplicados na Soberana Pediatría, um estudo clínico com 350 crianças de Havana entre 03 e 18 anos de idade.
Seu esquema (duas doses de Soberana 02 em um intervalo de 28 dias mais uma de Soberana Plus no dia 56) já demonstrou eficácia de 91,2% contra a doença sintomática em sua análise de fase III.
Em relação aos resultados preliminares nas crianças, o diretor do IFV Vicente Vérez destacou há poucos dias que nos adolescentes incluídos, quase 93 por cento com apenas duas doses de Soberana 02 responderam de forma importante, e sete por cento ficaram com os anticorpos abaixo dos níveis esperados. Quanto às crianças de três a 11 anos, menos de um por cento não respondeu, ‘e isso é uma notícia muito boa’, disse ele.
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