Um primeiro debate do acordo governamental 8-21 consumiu na véspera mais de cinco horas dos deputados, que passaram quase três horas definindo a forma como fariam o processo de votação.
Prevista para começar às 14h locais, a sessão extraordinária foi iniciada com três horas de atraso por falta de consenso, sendo posteriormente alargada com a apresentação de moção privilegiada para conhecer as disposições do Governo em três debates.
Bancadas da oposição como Winaq, Unidad Nacional de la Esperanza e Victoria foram muito críticas com a decisão do governo de apresentar um novo estado de Calamidade Pública para enfrentar a pandemia, após 16 meses de ter o dinheiro aprovado pelo Congresso para construir hospitais temporários, comprar, fornecer e administrar vacinas. Edgar Batres, de Winaq, anunciou que seu voto seria contra ‘porque o povo em estado de calamidade permanente é o povo da Guatemala’.
‘Como mandou o presidente (Alejandro Giammattei), disse ele, não merece mais trâmite, já que o Ministério da Saúde pode fazer tudo o que propõe sem limitar os direitos constitucionais’, ratificou.
Por sua vez, Juan Carlos Rivera, do partido Victoria, argumentou que a crise sanitária é responsabilidade apenas da má gestão do presidente, não queremos vê-lo vacinando, mas administrando vacinas, mas não presenteadas, e sim pagas . O guatemalteco já passou por uma grande calamidade, não há saúde, educação, agora porque fechar o país por conta da má gestão de sua administração, questionou.
‘Temos um governador que disse ao Congresso que a aprovação do Estado de Calamidade é o nosso maldito problema, que ele não goza da autoridade ou da simpatia do povo e culpa os outros pela situação atual’, alertou Evelyn Morataya, do partido Bien.
Para contratar pessoal de saúde, organizar mais brigadas de vacinação e comprar medicamentos, não é preciso ir a um estado de exceção, frisou.
Para agilizar a tramitação do Decreto, a bancada Semilla propôs uma moção privilegiada que permitiria sua aprovação em caráter de emergência nacional e em sessão única, porém não obteve apoio suficiente na câmara.
Uma posterior verificação do quorum encerrou a sessão, que continuará neste domingo a partir das 10 horas locais, com a esperança de aprovar ou rejeitar o estado de calamidade na próxima segunda-feira.
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