Por meio de sua conta oficial no Twitter, o texto apontava que em um planeta com comida suficiente para todos, existe a ameaça de uma grande fome e só juntos é possível enfrentar o problema.
Mais de 800 milhões de pessoas no mundo estavam desnutridas em 2020, o que representa uma em cada dez, de acordo com dados das Nações Unidas compartilhados por Guterres naquela plataforma de microblog.
Embora a ONU continue trabalhando com os países para erradicar a fome até 2030, a pandemia é um grande retrocesso para atingir essa meta, de acordo com estudos recentes.
O último relatório do organismo multilateral sobre segurança alimentar e nutrição alerta que a fome disparou em meio à pandemia e a escassez de alimentos deixou cerca de 10% da população mundial desnutrida.
De acordo com o relatório apresentado em julho passado, a crise da fome se agravou dramaticamente devido à crise de saúde.
Atualmente, detalha o documento, mais da metade dos desnutridos vivem na Ásia, mas o aumento mais pronunciado da fome foi registrado na África.
De 720 a 811 milhões de pessoas passaram fome em 2020 e agora é preciso transformar os sistemas agroalimentares para que todos tenham acesso aos alimentos, destaca a pesquisa.
O relatório ‘O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo’, compilado anualmente por várias agências da ONU, observa que a fome já começou a aumentar lentamente de 2010 a 2015.
Mas no ano passado, ‘a fome disparou tanto em termos absolutos quanto proporcionais, ultrapassando o crescimento populacional’.
Vários elementos levaram a isso, indica o texto, incluindo conflitos e crises climáticas, bem como a baixa produtividade e cadeias de abastecimento de alimentos ineficientes que aumentaram o custo dos alimentos.
Da mesma forma, destaca que o agravante foi a pandemia de Covid-19, que paralisou as economias de muitas nações e atualmente tem maior impacto nos países mais vulneráveis, especialmente na Ásia e na África.
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