Sob instruções diretas dos líderes políticos e de segurança israelenses de mais alto escalão, as forças de ocupação visam sistematicamente os menores para dissuadi-los de participar da resistência, negar-lhes o direito à educação e destruir seu futuro, afirmou em um relatório do Centro de Estudos para Prisioneiros Palestinos.
O texto, assinado por seu diretor Riyad al Ashqar, destaca que todos eles foram submetidos a diversas formas de tortura e maus-tratos desde o primeiro momento de sua prisão.
As tropas de Tel Aviv também detiveram crianças e jovens depois de atirar e ferir, às vezes gravemente, e interrogar alguns deles no hospital, ele enfatiza.
O documento destaca que 230 ainda estão atrás das grades, em violação às convenções internacionais de direitos humanos. Três encontram-se em detenção administrativa sem acusações ou processos criminais, 102 foram condenados a várias penas de prisão e o texto aguarda julgamento, adverte o relatório.
Ele afirma que eles estão presos em duras condições nas prisões israelenses, onde enfrentam insultos, ameaças e tortura.
As autoridades do país vizinho aproveitaram a pandemia Covid-19 como ferramenta para reprimir e aterrorizar as crianças palestinas em suas prisões, ao não lhes fornecer medidas de proteção contra o vírus mortal e mantê-las em confinamento solitário sob o pretexto de quarentena, informa.
De acordo com um relatório divulgado em julho, as tropas de ocupação prenderam mais de 5.400 palestinos no primeiro semestre de 2021, incluindo 854 menores e 107 mulheres.
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