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Reiteram papel da OEA na revolta boliviana de 2019

Reiteram papel da OEA na revolta boliviana de 2019

La Paz, 6 set (Prensa Latina) A analista boliviana Cecilia Urquieta considerou um relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre as eleições daquele ano como estando entre os desencadeadores do golpe de Estado de 2019, uma mídia nacional publicada hoje.

O assessor do Ministério da Justiça do país andino descreveu o documento preliminar da Secretaria-Geral da organização sobre essas eleições como infundado e apressado, acrescentou a Agência Boliviana de Informação (Agencia Boliviana de Información).

O governo de facto assinou um acordo especial com a OEA na época, que a OEA acabou por não cumprir, e cujo conteúdo era diferente daqueles emitidos pelas missões de observação eleitoral, ressaltou Urquieta.

De acordo com Urquieta, a particularidade do documento da OEA foi que ele permitiu ‘uma auditoria com apoio técnico, científico e verificável, o que no final também não aconteceu’.

O acordo entre a OEA e o governo também ‘estabeleceu que o relatório sobre as eleições seria realizado através dos órgãos diplomáticos correspondentes, o que não aconteceu’, acrescentou ela.

‘Este documento preliminar afirma que até hoje a OEA não foi capaz de verificar, mas na época foi um gatilho para o golpe de Estado’, disse Urquieta.

A conselheira lembrou que o executivo golpista foi aberto a esta auditoria devido à negligência dos partidos políticos de direita que faziam parte dela e ‘não aceitou sua derrota’ nas eleições presidenciais de novembro de 2019.

A ascensão inconstitucional ao poder de Jeanine Áñez e a derrubada de Evo Morales ‘foram planejadas e articuladas pela Secretaria Geral da OEA, com a participação dos governos dos Estados Unidos, Equador e Argentina’, afirmou.

‘Existem mais de 10 relatórios internacionais sobre este assunto que dizem a mesma coisa’, concluiu Urquieta.

A revolta de novembro de 2019 causou a morte de 38 bolivianos e centenas de feridos e detidos, devido à repressão da polícia e dos soldados contra protestos populares em defesa do governo constitucional do Presidente Evo Morales.

rgh/apb/bm/gdc

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