Em entrevista coletiva matinal no Palácio Nacional, o presidente disse que a reunião será na próxima quinta-feira e a delegação mexicana será chefiada pelo chanceler Marcelo Ebrard.
López Obrador revelou ter enviado uma carta ao seu homólogo americano, Joe Biden, na qual se propunha ordenar o fluxo migratório e implementar um plano para aumentar as fontes de trabalho em Honduras, El Salvador, Guatemala e sul do México.
Ele insistiu em abordar as causas que originaram o êxodo, questão sobre a qual o México sempre argumentou que as pessoas optam por migrar porque não têm opções ou esperança em suas cidades para resolver seus problemas. Ele acredita que é hora de implementar uma nova etapa em que o fundamental é eliminar as causas da emigração e é disso que trata a carta enviada a Biden.
Na reunião de quinta-feira em Washington, disse, também revisarão completamente a necessidade de uma força de trabalho nos Estados Unidos e Canadá, já que não têm o suficiente para sustentar o crescimento econômico de que precisam.
Portanto, ao invés de deter o fluxo migratório, o que se deve fazer é orientá-lo bem e para isso o principal é atender as necessidades e condições de vida das pessoas, e abrir a possibilidade de emissão de visto de trabalho temporário porque elas vão precisar dessa mão de obra.
Ele considerou que não basta o que Biden está fazendo para injetar grandes somas de dinheiro na economia porque está vazando para o exterior na compra de eletrodomésticos e outras mercadorias, que podem ser produzidas na América do Norte.
Como será executado o plano de fortalecimento da infraestrutura econômica? De onde sairão os operários necessários? O presidente se perguntou e respondeu que é por isso que deve haver uma visão diferente da migração e não apenas a de contê-la.
O problema não pode ser resolvido com medidas coercitivas, mas com tratamento substantivo integral, que haja trabalho, proteção dos direitos humanos, e é isso que expressou a Biden na carta porque ele tem tido uma boa postura aberta a respeito. Lembrou que, neste sentido, as ações de desenvolvimento não poderiam ser realizadas na América Central com o governo Donald Trump como proposto, mas nunca concretizou seu compromisso de investir quatro bilhões de dólares nesses países, é uma coisa pendente e com Biden pode ser retomado.
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