Em nota oficial nas redes sociais, o PSDB informou que o encontro surgiu ‘ diante das gravíssimas declarações do Presidente da República’ no dia 7 de setembro.
Ele especificou que foi chamado para analisar ‘a posição do partido sobre a abertura do impeachment (julgamento político) e possíveis medidas judiciais’.
Segundo o canal CNN Brasil, o presidente do PSDB, Bruno Araujo, citou a análise na direção executiva da entidade, prevista para ser realizada em Brasília.
A CNN garantiu que fontes partidárias informaram que, caso seja votado, a maioria governante do PSDB não aprovaria neste momento o apoio à exoneração.
Mas que ‘a ideia é justamente posicionar-se e iniciar o debate dentro das siglas e com os demais partidos’.
Na véspera, os partidos políticos que compõem o denominado Centrão decidiram consultar suas bancadas no Congresso para avaliar ingressar na abertura de um processo de deposição do ex-militar.
O Brasil viveu um dia tenso na terça-feira devido às mobilizações em mais de 190 cidades contra Bolsonaro e outros atos estimulados pelo presidente em apoio aos seus ataques ao Supremo Tribunal Federal.
Em localidades do gigante sul-americano, principalmente nesta capital e em São Paulo, fortes dispositivos de segurança foram implantados para evitar contratempos.
Tendo a liberdade como palavra principal em seu discurso, o presidente, que enfrenta queda de popularidade nas pesquisas e fortes críticas à sua gestão diante da pandemia Covid-19, liderou os acontecimentos nessas duas cidades, porém suas mensagens se direcionam contra a democracia.
Segundo a CNN, a reação das organizações do Centrão, que dão apoio político ao governo, surgiu após o discurso na Avenida Paulista em que Bolsonaro ameaçou não cumprir as decisões judiciais do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
O ex-capitão do Exército afirmou ainda que só aceitará o resultado eleitoral em 2022 com contagem pública de votos. Para o Tribunal Eleitoral, tal procedimento é transparente e seguro, e com este Bolsonaro venceu em 2018.
Diante dessas afirmações, o líder do Solidaridade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, informou à emissora que se reunirá com seu grupo na próxima semana para deliberar a posição sobre a destituição.
Da mesma forma, o chefe do Movimento Democrático Brasileiro, Baleia Rossi, indicou que consultaria os principais dirigentes de sua bancada sobre o assunto.
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