Anteriormente, a operadora Nord Stream AG, responsável pelo projeto, anunciou a colocação do último gasoduto que liga os dois países no fundo do Mar Báltico, informou a agência de notícias TASS.
A Gazprom disse em uma declaração que espera iniciar o gasoduto antes do final do ano e estima que até o final de 2021 poderá fornecer 5,6 bilhões de metros cúbicos de gás por meio do gasoduto.
Enquanto isso, fontes da Bloomberg indicaram que a empresa russa, controlada pelo Estado, planeja iniciar as entregas pela primeira seção do Nord Stream 2 a partir de 1 de outubro, e até 1 de dezembro ambos estarão em operação.
A joint venture entre a empresa russa de energia e cinco parceiros europeus consiste em dois gasodutos com uma capacidade de 55 bilhões de metros cúbicos de gás natural por ano.
Os trabalhos foram suspensos em dezembro de 2019 depois que a Allseas, sediada na Suíça, abandonou o contrato para estabelecer as linhas por causa de ameaças dos Estados Unidos. A partir de dezembro de 2020, a construção foi retomada.
Com a Nord Stream 2, as empresas estadunidenses perderão um mercado potencial para seu gás natural liquefeito de depósitos de xisto.
O projeto também foi rejeitado pela Ucrânia, que estava preocupada em perder os lucros com a movimentação do combustível russo pelo seu território.
Há pouco mais de um mês, Washington e Berlim assinaram um acordo sob o qual a Casa Branca não mais impedirá a implementação do gasoduto sob um compromisso alemão de usar sua influência para persuadir Moscou a estender o trânsito de gás através da Ucrânia, que deverá expirar no final de 2024.
Outro ponto do documento observa que os EUA poderiam impor sanções à Rússia caso este país utilizasse a energia como arma política contra Kiev.
Em várias ocasiões, as autoridades russas exortaram a Nord Stream 2 a parar de politizar o projeto, o que elas consideram crucial para a segurança energética da UE.
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