‘Vamos sair do inferno e sair do buraco em que estamos’, ratificou ele, após assinar um decreto nesta sexta-feira com o primeiro-ministro designado, Najb Mikati, pelo qual nomearam um gabinete de 24 pastas.

A primeira tarefa do governo é resolver a escassez de bens essenciais, a saber: pão, combustível e remédios em consequência de um cerco, cuja responsabilidade não mencionou.

Aoun especificou que não há poder de veto no executivo recém-nomeado e negou reivindicações sobre sua alegada demanda por aquele privilégio, dizendo que tais acusações eram parte de uma guerra política contra ele.

No projeto de gabinete que deve passar pelo voto de confiança no Parlamento, o chefe de Estado obteve oito carteiras, muitas delas recebidas por muçulmanos sunitas e xiitas.

De forma que é uma distribuição diferente da estipulada na Constituição, em que a distribuição inclui um equilíbrio entre islâmicos e cristãos.

A percepção popular e dos analistas consideram monumental a tarefa do alinhamento governamental que contempla mitigar a pior crise econômica e financeira deste país em 30 anos.

Uma das prioridades será supervisionar uma auditoria no Banco Central (Banque du Liban), que é responsável por grande parte da atual situação de deterioração.

A moeda nacional teve seu valor reduzido em mais de 100% em relação ao dólar americano, ao qual a economia libanesa está atrelada desde 1997, obra daquela instituição bancária.

O primeiro-ministro indicado, Najib Miqati, um dos homens mais ricos do país, é considerado parte da elite política culpado de falência.

Miqati ocupou o mesmo cargo em dois períodos anteriores (2005 e 2011) e há suspeitas de que acumulou fortuna nesses termos.

A nomeação do coletivo ministerial ocorreu em meio a pressões recentes e inusitadas da França e dos Estados Unidos, temerosos de uma explosão social que causaria uma guerra civil de consequências imprevisíveis.

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