Essa reforma da Carta Magna era esperada depois que o presidente desmantelou as instituições básicas do governo: demitir o gabinete e cancelar a atividade parlamentar, ações qualificadas pela oposição de autogolpe, que o presidente rejeitou em meio a crise institucional.
‘Procuro pessoas que sejam impecáveis’, explicou Saied em declarações à imprensa, acrescentando que ‘recentemente tivemos uma reunião para eleger membros do governo e continuarei a examinar pessoas em quem possamos confiar’, disse ele.
Em julho, o presidente assumiu todos os poderes e no final de agosto prorrogou a suspensão do Parlamento e manteve a retirada da imunidade de todos os legisladores ‘até novo aviso’.
Saied se baseou no fato de ser uma resposta dentro de suas funções constitucionais às mobilizações contra a gestão da pandemia, da corrupção e da grave crise econômica. Da mesma forma, o político rejeitou as acusações que o apontam como responsável pela instabilidade institucional e por atuar contra a Constituição, e garantiu continuar ‘respeitando a legalidade democrática’.
O chefe de estado demitiu o governo e suspendeu o funcionamento do Parlamento para assumir seus poderes, e insistiu que se tratava de medidas excepcionais para salvar o país.
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