‘A guerra começa aqui’, alertava uma grande faixa segurada por vários ativistas a poucos metros de onde os participantes do evento deveriam mostrar suas credenciais para acessar o centro de convenções Excel, no leste de Londres.
Outros enfrentaram a forte chuva e se deitaram no meio da estrada de acesso ao recinto da feira, sob estreita vigilância policial.
A venda de armas alimenta as guerras, sem armas não haveria tantas guerras e menos pessoas morreriam, garantiu Bob, que viajou de Sheffield, no centro da Inglaterra, para se juntar ao protesto organizado por diferentes organizações sociais e religiosas do Reino Unido.
A secretária geral da Campanha contra as Armas Nucleares, Kate Hudson, destacou que o movimento pacifista e contra a corrida armamentista vem conquistando cada vez mais adeptos no país.
Estamos do lado certo da história, disse a ativista da plataforma improvisada, à qual também se juntou a estilista Vivienne Westwood, também conhecida por sua defesa do meio ambiente e seu apoio ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, entre outras causas.
A artista pediu a suspensão da produção de armas, o fechamento de fábricas e a suspensão da venda de armas, após alertar que as guerras são uma das principais fontes de poluição do planeta.
Se não salvarmos nossas almas agora, nossos netos não sobreviverão, disse Westwood.
A feira de armas de Londres, que vai até a próxima sexta-feira, é patrocinada pelo governo britânico, que vê nesse tipo de evento uma oportunidade para fomentar um relacionamento mais estratégico com a indústria de armamentos.
Embora o número de participantes tenha diminuído este ano em relação a 2019 devido às restrições impostas pela pandemia Covid-19, no recinto de feiras Excel London haverá pelo menos 10 dos principais fabricantes de armas do mundo, incluindo a empresa britânica BAE Systems.
A chuva, que não impediu o protesto dos pacifistas, estragou o desfile aéreo de aviões e helicópteros anunciado pelos organizadores do evento.
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