Em entrevista ao site Cubainformación, ele explicou que os primeiros elementos dessas tentativas de condenar a ilha caribenha no Parlamento Europeu ‘surgiram justamente durante minha visita a Bruxelas’.
‘Partiu de um grupo de extrema direita que tem uma agenda anti-cubana seguindo a linha da política externa dos Estados Unidos em relação a Cuba. É uma agenda implementada desde Washington’, disse.
A conversa do Herói da República de Cuba, proeminente lutador antiterrorista que cumpriu mais de 15 anos de prisão em cárceres norte-americanos, foi estabelecida em Bilbao com José Manzaneda, coordenador geral do Cubainformación.
González Llort, que faz uma jornada europeia que incluiu Portugal, Bélgica, neste momento, França, e vai terminar na Espanha, disse que o movimento no PE é mais uma tentativa de retomar o que aconteceu em Cuba em 11 de julho.
‘Com a tentativa de desestabilizar nosso país derrotada em 11 de julho, minha opinião pessoal é que eles estão tentando dar um aspecto, uma continuidade e manter a questão viva’, disse.
O também deputado da Assembleia Nacional sublinhou que ‘não têm qualquer argumento, porque não há ninguém torturado em Cuba pelos acontecimentos de 11 de julho, assim como não o podem apresentar ao longo da história da Revolução’.
‘Nem podem apresentar uma pessoa desaparecida porque não existe’, disse ele.
Ele lembrou que houve momentos de extremo ridículo, como a divulgação de uma lista de supostos desaparecidos, ‘de pessoas que na realidade trabalham nas instituições cubanas’.
O responsável a frente do ICAP comentou que o Parlamento Europeu tem uma composição ampla e que o caso será debatido em plenária ‘e algumas destas questões podem encontrar eco’.
Mas se mostrou confiante de que se levantariam vozes a favor da verdade e, em última instância, se a proposta for aprovada pela composição do PE, não alcançará qualquer conotação.
‘Em todo caso, é um fato que indigna os cubanos, que rechaçamos e combatemos’, admitiu.
Ele ressaltou que é algo paradoxal, hipócrita, porque se baseiam em supostas repressões que não podem demonstrar.
Ele também se referiu a perfis nas redes sociais que incentivam a violência, linchamentos e o uso de coquetéis molotov, nenhum das quais foi suspenso.
‘E, claro, nada disso gerou deliberações no PE, nem o criminoso e injusto bloqueio econômico contra Cuba, intensificado nos últimos quatro anos e que tenta sufocar nosso país’, declarou.
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