Outro dos eixos desta jornada é o ‘Sim’ à revogação de 135 artigos da Lei de Urgente Consideração, com uma plataforma que tem como corte transversal a premissa do herói pró-independência José Gervasio Artigas, de que ‘os mais infelizes sejam os mais privilegiados ‘.
O presidente da Pit-Cnt, Fernando Pereira, explicou que a greve corresponde a uma resposta à queda dos salários reais, ao aumento da pobreza e às medidas que o governo não tomou para neutralizar o impacto da pandemia Covid-19 no país.
‘Não é porque sim… perderam-se 50 mil empregos; há um número significativo de pessoas no seguro-desemprego; os salários caíram 18 jornadas em um ano, ou seja, as pessoas trabalham igual mas ganham 18 dias a menos’, frisou.
Sindicatos da construção civil, trabalhadores públicos, industriais, pesqueiros, do setor de carnes, metalúrgicos e da educação aderiram à greve, assim como os da medicina com emergencistas para urgências e trabalhadores do transportes em atividade para que se garanta a mobilidade.
Conforme planejado, 130 ônibus chegarão à capital vindos do interior e se juntarão com os sindicatos metropolitanos, além de uma cavalgada de trabalhadores rurais que se reunirão em frente ao Parlamento Legislativo para uma caminhada pela Avenida Libertadores.
Para esta greve foram convidados em uma plataforma que trata de várias problemáticas, aposentados, desempregados, pequenos e médios assentados, comerciantes e produtores rurais, a rede de ollas (panelas) populares’, os estudantes, a academia, a cultura, o esporte e a sociedade em geral.
O secretário-geral da Pit-Cnt, Marcelo Abdala, previu que será ‘a maior e mais contundente mobilização da última década, uma grande demonstração de unidade do campo popular’.
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