Em nota, a Rede repudiou as declarações de Calderón, que questionou o convite feito pelo chefe de Estado Andrés Manuel López Obrador a seu homólogo cubano Miguel Díaz-Canel para assistir aos eventos do bicentenário da independência do México.
‘Um imperialista não pode falar em nome da independência, liberdade, soberania e democracia de nenhum país’, disse a declaração do grupo, destacando que o ex-presidente mexicano exibe sua conhecida ‘genuflexão’ e atitude de lamber as botas dos Estados Unidos e ofende não só a gestão do presidente cubano, mas também a história do povo mexicano e sua relação histórica com a ilha caribenha.
‘É claro que o faz assumindo o caráter de porta-voz do império, título que disputa-entre outros- com o caricaturesco Luis Almagro, chefe do Ministério das Colônias dos Estados Unidos’, dizia o texto em referência ao secretário-geral da a Organização dos Estados Americanos.
A Rede destacou que Calderón não representa nem representou o bravo povo mexicano. O que representa, é a corrupção, o narcotráfico, os assassinatos e desaparecimentos de 60 mil mexicanos durante sua presidência e o escandaloso endividamento com o Fundo Monetário Internacional que dobrou a dívida externa daquele país, além de se dizer especialista na fraude eleitoral.
‘Por isso, não é estranho que os meios de comunicação alinhados com a Casa Branca e orientados desde as embaixadas dos Estados Unidos propaguem cada um dos insultos que este triste personagem lança contra Cuba. A eles cabe o conhecido ditado ‘Diga-me com quem tu andas que lhe direi quem és’, disse essa organização.
Da mesma forma, destacaram que chegou ao México um presidente (Díaz-Canel) que representa a luta incessante de nossos povos pela segunda e última independência, pela construção da Pátria Grande, do socialismo.
Chega a pessoa que representa a derrota do apartheid, a alfabetização com o Yo sí puedo (Eu sim posso, em espanhol), a recuperação da visão dos nossos mais velhos com a Operación Milagro (Operação Milagre); o trabalho solidário e humanístico do Contingente Médico Henry Reeve, um presidente que representa o clamor por médicos e não das bombas’, destacou o comunicado.
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