Falando na reunião do Conselho de Segurança Coletiva do CSTO, realizada em Dushanbe, o presidente afirmou que a situação internacional se agravou e denunciou que os princípios e normas do direito internacional continuam a ser flagrantemente ignorados.
De acordo com Lukashenko, o crescimento dos gastos militares globais e o desmantelamento do sistema de controle de armas são desafios alarmantes, disse a agência de notícias Belta.
‘Estamos vendo como o Tratado de Céus Abertos está desmoronando e o Tratado de Redução de Armas Estratégicas continua sendo, de fato, o único acordo em vigor nesta área’, lembrou.
Nesse sentido, destacou que a ausência de uma agenda construtiva na questão da segurança estratégica ‘não contribui para o otimismo, além de manter vivas as tensões militares e políticas’.
O líder bielorrusso alertou para ‘uma tendência perigosa’ ligada ao aumento das capacidades das forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e seus aliados nas proximidades das fronteiras ocidentais do CSTO.
Assegurou que este ano aquele bloco militar realizou vários exercícios nos países bálticos e na Ucrânia e lembrou que o número de manobras deste tipo nos últimos cinco anos mais do que duplicou. Ele mencionou que suas forças cresceram de 60.000 para 100.000 soldados.
Lukashenko alertou que esse treinamento facilita as condições para que ocorram provocações militares e ocorram incidentes perto dos limites territoriais.
Chefes de Estado e de Governo do CSTO discutem questões atuais de segurança internacional e regional nesta quinta-feira em Dushanbe. O impacto do conflito afegão e as possíveis ameaças à região são uma prioridade do encontro.
Criada em 1992, a Organização é composta pela Armênia, Bielo-Rússia, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia e Tajiquistão. As Forças de
Desdobramento Rápido Coletivo da Ásia Central do CSTO somam atualmente cerca de 5.000 soldados e realizaram exercícios militares nos últimos dias.
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