Durante um debate no Parlamento Europeu (PE) promovido pelo direito de questionar Cuba, Pineda, representando a Izquierda Unida-Unidos Podemos, fez um discurso em defesa da ilha caribenha.
‘O governo cubano está a serviço de seu povo e não aceita ordens do império’, disse ele.
Ele acrescentou que ‘como bons mordomos, eles procuram satisfazer seus chefes (…) vocês nos vendem uma história fictícia na qual denunciam uma suposta repressão contra manifestantes pacíficos (….) parece que estão falando da Colômbia, Guatemala ou Honduras.
Neste momento, a única coisa que espero é que vocês parem de mergulhar este parlamento na ignomínia. A ala direita pode trazer mil debates sobre Cuba ao Parlamento Europeu (…) viemos mil vezes para defender a soberania de Cuba e a dignidade de um povo que não obedece às ordens do império, observou ele.
Manu Pineda, por outro lado, enviou uma mensagem ao governo cubano, ao Parlamento e ao povo cubano de apoio e admiração pelo que estão fazendo e ‘dizer-lhes que Cuba não está sozinha, independentemente do que alguns porta-vozes e representantes políticos fazem’.
Cuba é um exemplo de dignidade (…) mantém a posição de defender os direitos humanos, colocando a vida no centro das políticas, em vez de submetê-la aos interesses econômicos e financeiros, ressaltou.
Membro do PE desde 2019, o andaluz de Almeria refletiu sobre a situação na Câmara em relação à América Latina e ao Caribe, que descreveu como muito complexa.
Ele apontou em particular para os grupos de direita espanhóis -Ciudadanos, Partido Popular e Vox-, que promovem medidas, resoluções, debates e propostas sempre com o objetivo de derrubar qualquer governo progressista.
Vemos como é impossível promover um debate, por exemplo, sobre os crimes que estão sendo cometidos pelo governo de Iván Duque na Colômbia contra manifestantes (…) a líder golpista Jeanine Áñez na Bolívia é elogiada; Venezuela e Cuba são perseguidas, comentou ele.
A extrema direita, sem ter uma maioria numérica, ganhou hegemonia política, pelo menos em matéria de política externa, e sobretudo no que diz respeito à América Latina, disse ele.
Ele enfatizou que, felizmente, os debates e resoluções que são adotados não têm nenhuma repercussão no nível doméstico e servem apenas aos interesses da mídia.
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