Especialistas do Departamento de Mercado Europeu-Americano dessa pasta destacaram que as históricas relações de amizade entre as duas nações são uma base sólida para relançar a cooperação em várias áreas, um dos objetivos da viagem do chefe de Estado à Havana.
A existência de mecanismos de longa data e comprovadamente eficazes, como a Comissão Intergovernamental Vietnã-Cuba e outros marcos jurídicos, será utilizada pelas partes para relançar seus vínculos multifacetados, destacaram.
Lembraram que em novembro de 2018, por ocasião de uma visita do presidente Miguel Díaz-Canel, os dois países assinaram um acordo comercial que entrou em vigor em abril de 2020.
Respaldado pelo compromisso de reduzir as tarifas de importação em quase 100% em um período de cinco anos, o acordo estabeleceu a aspiração comum de aumentar as operações de compra e venda mútuas para 500 milhões de dólares até 2025 (quase o dobro de 2019).
No entanto – apontaram os funcionários do Ministério da Indústria e Comércio – as dificuldades geradas pela pandemia de Covid-19 reduziram significativamente as transações comerciais bilaterais, que no primeiro semestre de 2021 alcançaram apenas 53,7 milhões de dólares
De acordo com a pasta, a balança comercial é bastante favorável ao Vietnã. Suas exportações totalizaram 51,4 milhões de dólares e consistiram principalmente em arroz, café, produtos químicos, têxteis, calçados, computadores e seus componentes e materiais de construção.
A ilha, por sua vez, vendia à nação indochinesa principalmente produtos médicos e farmacêuticos.
De acordo com especialistas, Cuba, com cerca de 11,2 milhões de habitantes, é um mercado potencial para os exportadores vietnamitas, dada a alta demanda em diversos ramos e o modesto desenvolvimento de suas indústrias manufatureiras.
O embaixador cubano em Hanói, Nicolás Hernández Guillén, e o vietnamita na Havana, Le Thanh Tung, concordaram que a visita de Xuan Phuc ao país caribenho será uma excelente oportunidade para revigorar os laços bilaterais.
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